Cientistas israelenses estão desenvolvendo uma maneira de lidar com computadores, no mínimo, inusitada: tratando seus PCs como crianças, corrigindo os enganos e punindo seus erros. Os pesquisadores estão realizando um projeto pioneiro para desenvolver um computador pessoal que, espera-se, possa melhorar significativamente a relação com seu proprietário.

A empresa que está encabeçando o projeto é a holandesa Artificial Inteligence (AI), que está causando burburinho no meio científico ao tentar desenvolver um computador que tenha uma capacidade de aprendizado similar à de uma criança de 15 meses. Na semana passada, a empresa demonstrou, no centro de pesquisas da AI, localizado em Tel-Aviv, Israel, o computador-criança, batizado de HAL, pela primeira vez. A companhia revelou também que está apostando milhões de dólares no computador.

Apesar de toda a pompa do projeto, a configuração de HAL – que é xará do computador vilão do clássico filme de ficção científica 2001 – Uma Odisséia no Espaço, de Stanlay Kubrick – mostra-se surpreendentemente simples. Rodando o sistema Windows 2000, o PC-aprendiz trabalha baseando-se em pouco mais do que um punhado de simples algorítmos combinados. A partir dessa estrutura, os pais de HAL esperam desenvolver um computador que tenha propriedades para desenvolver uma espécie de conversação.

Até agora, os computadores eram desenvolvidos com regras básicas de linguagem – que, quando ficavam obsoletas, eram substituídas por outras que seguiam as mesmas diretrizes, e respondiam por regras pré-programadas.

HAL, por outro lado, está sendo projetado para aprender as linguagens por si mesmo. Os algorítmos permitem ao computador imitar diferentes padrões de caracteres de texto, não respondendo a comandos pré-programados. Em resumo, a inovação da holandesa AI é que HAL aprende interagindo, como uma criança de pouca idade.