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Moradores do Canhema rejeitam construção de Febem no bairro
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
11/04/2005 | 12:43
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Moradores do Jardim Canhema, em Diadema, não querem que seja construída na região uma unidade da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) e prometem, para os próximos dias, realizar manifestação como protesto contra o governo estadual.

O Estado pretende construir três unidades no Grande ABC. Duas em Diadema, sendo uma na Vila Oriental, bairro vizinho ao Jardim Canhema, e outra no Piraporinha, além de outra unidade em São Bernardo, no bairro Cooperativa.

Os moradores desejam que a construção seja em uma área isolada, com poucas residências, para que não haja problemas de segurança em casas próximas quando houver uma rebelião, por exemplo.

“Acho que a cidade tem de ter uma unidade própria para abrigar seus menores infratores, mas não pode ser por aqui, onde há centenas de casas. Nós não vamos nos sentir seguros convivendo com essa unidade na área”, afirma a dona-de-casa Conceição Aparecida Alves, 50 anos, uma das lideranças comunitárias do Jardim Canhema, bairro onde vive há 28 anos.

Ela e o marido, o aposentado Hélio Nascimento Morais Alves, 58 anos, moram na rua 28 de Setembro. Na residência do casal, Alves mantém um programa gratuito de ensino de capoeira para adolescentes carentes do bairro. Aos domingos, ele aproveita o fechamento da rua como área de lazer para jogar capoeira com os jovens e outros moradores do bairro.

“Com a Febem próxima, temos medo que haja uma rebelião e afete nosso lazer. Na cidade, existem diversos terrenos em áreas pouco habitadas que seriam ideais para se erguer a obra”, afirma Alves.

“Além de não concordar com a unidade perto, acho que o modelo adotado deve mudar. Deveria ser erguida uma escola dentro da Febem. Isso ajudaria na recuperação dos infratores”, opina o motorista Antônio Fernandes, 32 anos. Os moradores irão se reunir nos próximos dias para definir como será o protesto.

Na semana passada, o município Ferraz de Vasconcelos ofereceu três terrenos ao Estado para abrigar menores infratores. A cidade, que faz divisa com Mauá, tem apenas 19 internos e quer construir três prédios para abrigar 120 adolescentes. Com isso, Diadema, que tem 112 jovens internos, pode ser beneficiada e parte dos garotos da cidade poderá ir para Ferraz. O acordo entre Estado e município ainda não foi fechado.

Moradores do Canhema rejeitam construção de Febem no bairro

Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC

Moradores do Jardim Canhema, em Diadema, não querem que seja construída na região uma unidade da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) e prometem, para os próximos dias, realizar manifestação como protesto contra o governo estadual.

O Estado pretende construir três unidades no Grande ABC. Duas em Diadema, sendo uma na Vila Oriental, bairro vizinho ao Jardim Canhema, e outra no Piraporinha, além de outra unidade em São Bernardo, no bairro Cooperativa.

Os moradores desejam que a construção seja em uma área isolada, com poucas residências, para que não haja problemas de segurança em casas próximas quando houver uma rebelião, por exemplo.

“Acho que a cidade tem de ter uma unidade própria para abrigar seus menores infratores, mas não pode ser por aqui, onde há centenas de casas. Nós não vamos nos sentir seguros convivendo com essa unidade na área”, afirma a dona-de-casa Conceição Aparecida Alves, 50 anos, uma das lideranças comunitárias do Jardim Canhema, bairro onde vive há 28 anos.

Ela e o marido, o aposentado Hélio Nascimento Morais Alves, 58 anos, moram na rua 28 de Setembro. Na residência do casal, Alves mantém um programa gratuito de ensino de capoeira para adolescentes carentes do bairro. Aos domingos, ele aproveita o fechamento da rua como área de lazer para jogar capoeira com os jovens e outros moradores do bairro.

“Com a Febem próxima, temos medo que haja uma rebelião e afete nosso lazer. Na cidade, existem diversos terrenos em áreas pouco habitadas que seriam ideais para se erguer a obra”, afirma Alves.

“Além de não concordar com a unidade perto, acho que o modelo adotado deve mudar. Deveria ser erguida uma escola dentro da Febem. Isso ajudaria na recuperação dos infratores”, opina o motorista Antônio Fernandes, 32 anos. Os moradores irão se reunir nos próximos dias para definir como será o protesto.

Na semana passada, o município Ferraz de Vasconcelos ofereceu três terrenos ao Estado para abrigar menores infratores. A cidade, que faz divisa com Mauá, tem apenas 19 internos e quer construir três prédios para abrigar 120 adolescentes. Com isso, Diadema, que tem 112 jovens internos, pode ser beneficiada e parte dos garotos da cidade poderá ir para Ferraz. O acordo entre Estado e município ainda não foi fechado.



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