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Acordo entre bancos e categoria fracassa
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
14/10/2011 | 07:30
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Depois de 18 dias que os bancários decidiram cruzar os braços no País, ontem houve a reabertura das discussões entre classe patronal e categoria. O encontro entre Federação Nacional dos Bancos e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que durou quatro horas, no entanto, foi infrutífero.

O órgão propôs corrigir a renda dos trabalhadores em 8,4%. Índice foi rechaçado de imediato pelo comando de greve. É o que afirma o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.

Percentual corresponde a 1% em ganhos reais, além da correção da inflação acumulada na data-base dos bancários. Oferta também significa aumento de 0,4 ponto percentual em relação à última feita pela Fenaban, do dia 23 de setembro. Categoria pede 12,8% de reajustes, correspondendo a ganhos reais de 5%.

"Os bancos perderam grande oportunidade de encerrar a greve nesta semana. Esperamos que amanhã mudem essa postura e apresentem uma proposta decente à categoria", reclama o dirigente da Contraf. Ele acrescenta que faltaram discutir cláusulas sociais ontem, que também incorporam a pauta de pedidos.

Hoje pela manhã as entidades vão se reunir novamente para dar prosseguimento às discussões e tentar chegar a um consenso.

Reflexo da insatisfação dos bancários, o número de agencias paralisadas no País subiu para 9.254, afirma Cordeiro. Montante é quase 1% maior do que o balanço anterior, de 9.165, de quinta-feira passada.

A greve da categoria, junto à dos carteiros, encerrada terça-feira, irritou a presidente Dilma Rousseff. Por ordem do Planalto, repassada ao Ministério da Fazenda, as direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal cortaram o ponto dos seus grevistas. A mesma providência já havia sido adotada em relação aos funcionários da ECT, vinculada ao Ministério das Comunicações.

O fato levou a direção da CUT a procurar os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, e Guido Mantega, da Fazenda, e também a chefia de gabinete da presidente Dilma, para cobrar que os bancos públicos adotassem postura diferente da dos demais bancos que têm assento na Fenaban. As instituições públicas têm peso nas decisões da Fenaban, diz a CUT. VG (com AE)




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