Ele chegou há menos de um mês ao Santo André, mas já é o suficiente para que Sandro Hiroshi tenha se tornado peça fundamental e homem de referência do time de Sérgio Soares. Atuando mais recuado no meio-de-campo, o jogador iniciou como titular os últimos três jogos e tem papel primordial no esquema da equipe.

Quase todas as bolas que vão ao ataque passam pelos seus pés e o jogador não foge da raia. "Assumo essa responsabilidade. Como o Sérgio Soares mesmo diz, o grupo tem um balanço. No defensivo, todos desde o ataque participam. No ofensivo, Xuxa e eu fazemos a ligação. E eu ainda chego na área para concluir, até pelas características porque era atacante", explicou Hiroshi. "Já virou uma coisa automática. Quando um dos atacantes cai pelo lado, tenho que estar na área", emendou.

O fato é facilmente exemplificado no jogo contra o Duque de Caxias, quando o Ramalhão goleou por 4 a 1. No segundo gol, o grandalhão Anderson Costa saiu da área, recebeu de Cicinho na direita e cruzou. Hiroshi apareceu como homem surpresa e marcou seu primeiro e único gol até o momento com a camisa do Ramalhão. "Na frente jogo como um terceiro atacante e no meio ajudo a recompor a marcação."

Com o intervalo de uma semana entre o jogo do Figueirense e a partida de terça-feira, contra o América-RN, no Bruno Daniel, toda a equipe está com tempo de se preparar física, técnica e taticamente para a partida. Para Sandro Hiroshi, inclusive, o espaço entre as partidas caiu como uma luva. "Eu estava parado desde o começo do ano (após retornar do futebol sul-coreano) e esse tempo entre os jogos é importante para musculatura e parte física. Para o time também é bom, para recuperar e ajustar algumas coisas."

O jogador ainda citou a evolução andreense entre as partidas do São Caetano e Figueirense. "Em termos de grupo, entrosamento, teve uma melhora visível. O time já tem uma cara, o Sérgio Soares tem uma postura fixa dentro ou fora de casa e isso facilita para nós jogadores", concluiu.