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Reestréia de 'Cidade de Deus' atrai pouco público
Nelson Albuquerque
Do Diário do Grande ABC
08/02/2004 | 21:01
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A volta de Cidade de Deus aos cinemas, a partir de sexta-feira passada (dia 6), não repetiu o mesmo sucesso da época em que estreou, em 2002. Pelo menos não no Grande ABC. O filme está de novo em cartaz embalado pelas indicações em quatro categorias do Oscar (diretor, roteiro adaptado, montagem e fotografia), às quais concorrerá no próximo dia 29. No fim de semana da reestréia, o Diário conferiu o movimento em três das seis salas da região onde o filme é exibido.

Por aqui, voltaram às salas apenas algumas das cerca de 3,3 milhões de pessoas que assistiram ao filme em todo o Brasil na primeira oportunidade. Alguns, além de rever a produção de Fernando Meirelles, levaram junto novos espectadores.

O analista de sistemas Agamenon Tavares, 22 anos, gostou tanto de Cidade de Deus que já o assistiu cinco vezes. Agora, ele aproveitou a reestréia para levar a namorada, que não conseguiu ver o filme antes. “Cidade de Deus merece ganhar todo os prêmios a que foi indicado, é um ótimo filme nacional”, disse Tavares.

O engenheiro Homero Valiatti, 23, também recomendou o longa-metragem à namorada. “Gostei porque mostra a realidade do país”, afirmou Valiatti. Ela, Paola Zovatelli, 18, disse ter sido atraída porque “as pessoas falam muito do filme” e que isso a deixou “curiosa”.

Diferentes razões motivaram aqueles que foram pela primeira vez assistir à história sobre a criminalidade que se desenvolveu na favela carioca Cidade de Deus entre as décadas de 1960 e 1980.

A promotora de vendas Vanice Gomes de Lima, 23, afirmou que a repercussão e as indicações ao Oscar despertaram seu interesse. “Faço curso de artes e vim para conferir o que consideram o bom do cinema nacional. O último (filme brasileiro) que eu assisti, Sexo, Amor e Traição, não gostei”, disse.

Já o engenheiro eletrônico Vinícius Damaceno, 26, garantiu que as indicações são irrelevantes para ele. “Na verdade nem espero tanto do filme. Quero apenas olhar aspectos da cultura brasileira”, afirmou.

O vigilante Marcos Carvalhas, 37, resolveu ir ao cinema porque não conseguiu alugar o filme na locadora. “Fiquei sabendo que Cidade de Deus havia sido indicado ao Oscar e me interessei em assistir”, disse.




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