A Prefeitura apresentou ontem o novo projeto de reforma para o estádio do Pacaembu. Foi durante a entrega do relatório da subcomissão da Câmara dos Vereadores que deu parecer positivo à concessão do local à iniciativa privada - leia-se Corinthians.

A proposta, mostrada em detalhes pelo secretário Walter Feldman, é 2,5 vezes mais cara do que aquela elaborada por Luís Paulo Rosenberg, diretor de marketing corintiano e que estava na plateia durante a exposição. "O projeto é muito bonito e bem mais caro do que o meu. Para fazer isso, só usando dinheiro público", comentou Rosenberg.

A reforma projetada pelo Corinthians sairia por R$ 100 milhões - pagos pelo clube com a venda de cativas e camarotes - enquanto a de Feldman bate os R$ 250 milhões. O próprio secretário admitiu que pode passar dos R$ 300 milhões, dependendo do modelo de estacionamento. Segundo explicou Feldman, se a concessão for aprovada, o projeto a ser feito será em comum acordo entre Prefeitura e a entidade privada que vencer a licitação.

Na "maquete" de Feldman, somente a fachada externa do Pacaembu é mantida - algo parecido com o que foi feito no estádio Olímpico de Berlim para a Copa de 2006. O anel da arquibancada é fechado, totalizando 45 mil lugares. O estacionamento, para 4,8 mil automóveis, seria subterrâneo. Haveria restaurantes e lojas, além do Museu do Futebol.

Rosenberg voltou mais uma vez a cobrar agilidade da Prefeitura no envio do projeto de concessão à Câmara. "O presidente Andrés Sanchez definiu para 2010 uma decisão sobre estádio corintiano. Espero que em 60 dias a Prefeitura já envie o projeto para a Câmara", reafirmou Rosenberg.