Ofício aponta que vereador de Santo André será destituído de grupo criado para tratar de projeto da Saúde
O vereador de Santo André Sargento Ivanildo Lobo (SD) será destituído do posto de integrante da comissão especial que trata do programa Fila Zero, criado pelo governo Paulo Serra (PSDB), pelo número de faltas injustificadas nas reuniões que ocorrem semanalmente na Prefeitura. Informações extraoficiais apontam que o parlamentar, um dos mais críticos ao principal projeto de Saúde da gestão tucana, compareceu somente ao primeiro encontro, quando tomou posse.
O episódio remete a decreto municipal de número 16.097, atrelado diretamente à comissão, responsável por debater as demandas do programa. Ofício interno descreve que Lobo deve perder essa vaga no grupo, instituído em maio, por conta das ausências em quantidade superior ao previsto no decreto. Em seu artigo 15º, o texto cita que o integrante que, injustificadamente, faltar a quatro reuniões consecutivas ou a oito não consecutivas “será automaticamente destituído da comissão especial”, devendo ser substituído, no prazo de cinco dias, pelo órgão que originalmente o havia indicado, no caso o Legislativo.
A Câmara teve direito a duas indicações de nomes – além de Lobo, o vereador Marcos Pinchiari (PTB) compõe a comissão, constituída ainda por dois integrantes da Secretaria de Saúde e dois da Pasta de Finanças. O documento solicita que o presidente da Câmara, Almir Cicote (PSB), seja informado sobre a situação para que, no prazo já mencionado, possa nomear um outro parlamentar em substituição, formalizando, portanto, a exclusão do grupo.
Questionado sobre a saída do colega, Pinchiari evitou críticas diretas, mas pontuou que tem cumprido as suas obrigações, comparecendo à maioria dos encontros possíveis. “A comissão tem normas determinadas em sua formação”, disse, ao acrescentar que Lobo chegou a comentar que teve alguns “imprevistos de ordem pessoal, porém “sem entrar em detalhes”.
Lobo jogou a responsabilidade das faltas para eventual desorganização das agendas da comissão – as reuniões acontecem todas as quintas-feiras, às 9h, na sede do Paço. Segundo o parlamentar, “sempre criaram dificuldades para encontrar horário adequado”. “Estive três ou quatro vezes em horários que eles sugeriram que iria haver a reunião e não houve”, afirmou, colocando em xeque a retirada de seu nome. “Duvido que eles vão me destituir. Tenho a lei debaixo do meu braço. Mandem eles apresentarem ata, documentos em que eu fui citado para reuniões e não compareci. Quem pode (fazer) é o presidente da Câmara. A comissão não tem esse poder. O que pode ter é manobra politiqueira.”
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