O rapper recebe como convidados o DJ Marco e Johnny MC. Os três formam o grupo PosseMente Zulu, mas o show é baseado no CD Sujeito Homem, trabalho solo de Hood lançado no ano passado. O trio entra em estúdio na próxima semana para gravar Revolusom, que deve chegar às lojas até o fim deste ano.
A diferença: enquanto a concepção do trabalho do PosseMente Zulu é coletiva, a de Sujeito Homem reflete as idéias pessoais de Hood. Musicalmente, o rap do PosseMente Zulu é puro. Já a sonoridade de Hood é mais diversificada – o rapper acrescenta outros gêneros, como reggae, repente e samba, a sua musicalidade.
“O PosseMente faz mais crítica social, gosta de meter o pau no governo, é um discurso mais político, direcionado. No meu solo, estou mais livre para falar de outras coisas”, diz o rapper. Isso, porém, não significa que Hood ignore questões como a pobreza e a discriminação racial. “Não faço música sem mensagem. Se o movimento hip hop perder o discurso e a raiz, corre o risco de morrer. Torço para que o rap cresça com qualidade”, afirma.
O repertório do show contém músicas não gravadas, mas se concentra em Sujeito Homem. Tudo no Meu Nome, Tributo às Mulheres Pretas e Sou Negrão, que ele gravou com a sambista Leci Brandão, são algumas das canções programadas. O repertório, no entanto, não é fechado. “O público pode pedir, que nós tocamos. Estamos aí para isso”, diz.
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