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Fundo Social forma 350 alunos em São Caetano
Bia Moço
Especial para o Diário
18/08/2017 | 07:00
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 Uma viagem programada para fazer intercâmbio na Austrália mudou totalmente a rotina do músico Mateus Cavicchiolli, 18 anos, morador do bairro Santo Antônio, em São Caetano. Isso porque, antes de realizar o sonho de deixar o Brasil, ele conversou com familiares que residem no país da Oceania e descobriu que o mercado de trabalho local carece de determinados profissionais, como baristas – pessoa especializada em cafés de alta qualidade (especiais).

Foi assim que ele decidiu fazer o curso do Fundo Social de Solidariedade de São Caetano. “Meu objetivo era ter a habilidade que eles precisam na Austrália, para que eu chegue lá e já possa trabalhar. Será muito bom para mim. A princípio, vou para ficar alguns meses, mas se conseguir um bom emprego para me manter devo estender (a estadia)”.

Mateus conta que nas aulas ensinavam sobre cafés expressos, como atender, mexer nas máquinas e maneiras de se portar com clientes. “O curso foi muito legal, muito bom. Cheguei a fazer, inclusive, o mesmo curso duas vezes. A primeira aula foi somente teoria, mas depois foi tudo prático. Colocamos a mão na massa e foi um grande aprendizado”, explica.

O Fundo Social de Solidariedade da cidade já formou 350 alunos em mais de 20 cursos neste ano. As pessoas podem escolher artes, estética, encadernação, panificação, restauração de móveis e texturização de paredes, manicure, comidas orientais, cartonagem, bolos e doces, artesanato de Natal, mosaico e barista.

A empresária Maria de Fátima Nieri Enedino, 63, foi beneficiada indiretamente pelo programa de capacitação. Ela tem irmã com síndrome de Down que fez o curso de manicure. “Ela estava muito orgulhosa, principalmente de estar no meio das pessoas. Falava o tempo todo que seria manicure, que trabalharia em salão. Estava com muita vontade de se profissionalizar e aprender alguma coisa. Somente acrescentou”, disse, referindo-se à irmã Ana Cláudia, que aos 42 anos estuda, mas se parar de frequentar a escola esquece o que aprendeu. Ana contou ter conquistado “todas as pessoas do Fundo Social, que a acolheram muito bem, com simpatia. Foi um aprendizado muito legal”, orgulha-se.

Os cursos de capacitação começaram na cidade em 2005, na primeira gestão da primeira-dama Denise Auricchio à frente do Fundo Social. Em sete anos, de 2005 a 2012, 7.000 pessoas participaram do programa – média de 1.000 formados por ano. Além disso, cursos rápidos são oferecidos nos programas Bairro a Bairro.

 




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