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Acusado de crime passional em SBC está foragido
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
16/06/2004 | 22:10
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O adolescente Thiago Sievers Vasconcelos, 18 anos, permanece foragido. Ele é apontado pela polícia como o assassino do ex-colega de escola Henrique Augusto Kawashita, também de 18, em frente a uma padaria em Rudge Ramos, São Bernardo. O crime aconteceu por volta das 23h30 da última segunda-feira e cerca de 30 pessoas estavam no estabelecimento. Elas ouviram os tiros, mas não presenciaram o crime, que teria sido motivado por um intenso ciúme que Thiago nutria pela namorada, uma garota de apenas 16 anos, que no fim do ano passado teria tido um relacionamento com Henrique.

Para tentar capturar Vasconcelos, a polícia está armando um grande cerco. Agentes do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) de São Bernardo mapearam lugares onde Vasconcelos pode estar escondido. A lista é grande e possui mais de dez endereços de vários amigos e familiares do rapaz. Com base nesta relação, foram feitas buscas em várias cidades da região, além de Osasco e Guarulhos. Para os investigadores, a prisão é uma questão de tempo. Prazo esse em que Edson Torrenti, advogado contratado pela família do atirador, irá preparar a defesa do rapaz.

“O Thiago (Vasconcelos) não irá se entregar à polícia antes que eu e meu sócio (o também advogado Pedro da Silva) levantemos provas suficientes para comprovar sua inocência”, garantiu Torrenti. “Quando meu cliente entrar na delegacia, será para prestar seu depoimento, sua versão para o caso, e voltar para casa, para responder ao processo em liberdade.” A possibilidade de que isso ocorra, no entanto, é tida como remota pela polícia, em razão do histórico de brigas entre Vasconcelos e Kawashita e o grande número de pessoas que flagraram o atirador discutindo com Henrique em frente a padaria onde a vítima estava com um grupo de amigos pouco antes dos disparos.

Vasconcelos teria se aproximado do grupo e passado a chamar Kawashita de “safado”. O rapaz não aceitou a ofensa calado e foi tirar satisfações com Vasconcelos. Os dois teriam trocado empurrões até uma rua de pouco movimento, ao lado da padaria. Passaram-se poucos instantes até que os tiros fossem ouvidos. Vasconcelos fugiu a pé, com a arma do crime nas mãos, enquanto Kawashita, mesmo baleado, se arrastou até onde estavam os seus amigos. O rapaz foi levado até o Hospital Neomater, mas morreu quando recebia os primeiros socorros.




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