O conselho de administração da Coop (Cooperativa de Consumo) aprovou ontem que a partir de maio serão distribuídas as sobras líquidas do exercício de 2011 no valor de R$ 7,429 milhões aos cooperados. A quantia é 11,8% menor que a do ano passado, que totalizou R$ 8,426 milhões. O retorno é proporcional às compras de cada cooperado.

A reunião também definiu os investimentos que serão feitos neste ano. Foi aprovada verba de R$ 41 milhões, que será destinada à abertura da 30ª unidade de distribuição em Sorocaba, no interior paulista, e mais cinco postos de combustíveis. O aporte aprovado é 36% maior que os R$ 30 milhões estimados à equipe do Diário pelo presidente Antonio José Monte em janeiro.

Na comparação com 2011, quando o investimento foi de R$ 22 milhões, haverá aumento de 86%. Ainda estão no orçamento anual a ampliação de três lojas, modernização de equipamentos, infraestrutura e tecnologia da informação, principalmente para o lançamento da loja virtual da Coop, prevista para 2013.

O alto preço dos terrenosé o fator que atrapalha a inauguração de lojas no Grande ABC. Monte afirmou recentemente que o valor máximo para retorno do investimento em nova unidade é de oito anos, mas considerando o valor de aluguel pedido por alguns locatários, o retorno demoraria 77,5 anos. Durante o ano passado, a rede não abriu filiais. A mesma dificuldade foi encontrada pelos seus concorrentes.

FATURAMENTO - Em 2011, a receita bruta da Coop foi de R$ 1,661 milhão, crescimento de 9,13% em relação ao ano anterior. Descontando a inflação do IPS-Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o avanço foi de 3,22%, índice superior ao do Estado que, segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados), teve aumento real de 2,58%.

Em relação às perdas, a supermercadista destaca que sua taxa ficou abaixo do mercado. O índice foi de 1,69% sobre o fornecimento líquido, enquanto o último índice do mercado divulgado foi de 2,26% em 2010.