Os motoristas que deixavam a região do Parque São Vicente, em Mauá, em direção a Santo André enfrentaram mais um transtorno ontem. Além do tráfego intenso, comum na Avenida João Ramalho, foram prejudicados por problemas em três semáforos, que obrigaram a Prefeitura a fechar os acessos em dois cruzamentos para evitar acidentes: um da via com a General Castilho de Lima e outro na Presidente Arthur Costa e Silva. O bloqueio obrigou motoristas a rodarem cerca de cinco quilômetros a mais para fazer o retorno e pegar a mão sentido Santo André.

Os semáforos apresentaram problemas por volta das 17h30 de sábado. A Prefeitura informou ontem que a troca dos equipamentos seria feita no fim da tarde, mas o serviço foi atrasado devido à chuva. Até o fechamento desta edição, os problemas continuavam.

No fim da tarde, a Prefeitura também informou que havia liberado a conversão à esquerda para quem estivesse na Costa e Silva, possibilitando o acesso ao sentido Santo André pela João Ramalho. Entretanto, comerciantes da região ouvidos pelo Diário negaram.

O economista Edmilson Cuccato, 51 anos, protestou contra a falta de funcionários da administração municipal para orientar o trânsito. "É lamentável que não coloquem gente para orientar o trânsito em uma segunda-feira", protestou. Em horários de pico, o problema com as sinaleiras acarretou aumento no congestionamento. "É um absurdo ter de ir até o Centro para depois retornar para Santo André", reclamou o economista.

A Prefeitura informou que outro semáforo foi danificado na Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira, no mesmo bairro. Segundo a administração, o problema foi causado após chuva no fim da tarde de sábado, quando quatro placas de controladores dos semáforos foram queimadas.

SINAIS INTELIGENTES
No último dia 26, o Diário informou, com exclusividade, que a Prefeitura de Mauá irá implantar semáforos inteligentes em 25 pontos da cidade. As sinaleiras usarão sistema de GPS (Global Positioning System) para auxiliar o monitoramento e permitir a alteração imediata no tempo de parada.

A administração informou ontem que os equipamentos estão em fase de testes e, por isso, não divulgou os cruzamentos que deverão receber a nova tecnologia.

Falta de energia é comum no Parque São Vicente

Moradores do Parque São Vicente, em Mauá, reclamam de falta de energia elétrica no bairro. Segundo a população, o fornecimento é irregular, chegando a provocar escuridão em até dois dias da semana.

"É constante a falta de energia, a luz vai e volta. Já faz três meses que está desse jeito", disse a representante comercial Renata Ribeiro, 34 anos, que afirmou ter procurado a Eletropaulo em diversas ocasiões, mas não obteve resposta. "O engraçado é que um dia eu disse que procuraria a imprensa e a luz voltou em 15 minutos", acrescentou.

O comerciante Paulo César Batista, 27, proprietário de uma padaria na Avenida Presidente Nereu Ramos, informou ter tido prejuízos de R$ 3.000 por conta das falhas no fornecimento de energia. "Já perdi motores de dois freezers, além de reatores de lâmpadas. Isso sem contar os frios e carnes que perdi quando as geladeiras ficaram desligadas." Ele disse ainda não ter recebido reembolso da concessionária de energia elétrica.

A Eletropaulo foi procurada pela equipe do Diário, mas não informou a origem do problema. A companhia afirmou que hoje irá enviar equipe técnica ao bairro para avaliar a situação e emitir laudo informando as causas da interrupção constante.