Após várias semanas de negociações, a venda da FiatAvio foi concluída definitivamente com o fundo de investimentos americano, The Carlyle Group, e o grupo de defesa e aeronáutica italiano, Finmeccanica.
Um acordo preliminar, firmado em abril, provocou críticas por parte dos parceiros europeus - a EADS e a Arianespace (12 países), que não apóiam a entrada do fundo americano na indústria que produz motores de propulsão para a aeronáutica.
A negociação, que envolveu 1,5 bilhão de euros, corresponde ao volume anual de negócios da FiatAvio, com a mais-valia de 700 milhões de euros e o cancelamento de uma dívida de US$ 1,4 bilhão.
Com esta operação, o grupo industrial italiano conclui seu programa de cessões, após a venda da Fidis Retail Italia (crédito para automóveis) e a negociação - ainda não finalizada - da empresa de seguros Toro com o grupo De Agostini.
No total, o grupo recuperará 7 bilhões de euros, ainda a somar os 1,8 bilhão de euros que a companhia vai recolher na bolsa.
A Fiat classificou, nesta quarta-feira, o programa como de aumento de capital, dizendo que oferecerá ações ao preço de 5 euros entre os dias 7 e 30 de julho.
O maior acionista da Fiat, o 'holding' IFIL da família Agnelli, anunciou que tomará parte da operação e prevê o aumento de sua participação na ordem de 502,2 milhões de euros.
As cessões e o aumento de capital servirão para alimentar financeiramente o plano para relançar o grupo, que foi apresentado na última semana pelo novo administrador, Giuseppe Morchio.
A estratégia de Morchio consiste na aposta no setor automotivo, mecânico e no lançamento de novos modelos, assim como o incremento de pesquisas e desenvolvimento.
Depois de uma perda recorde de 3.948 bilhões de euros em 2002, o grupo espera alcançar o equilíbrio em 2005/2006.
Contudo, o plano foi mal recebido na bolsa de valores e as ações da Fiat chegaram a perder 7% de seu valor.
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