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Cai confiança do brasileiro sobre rumos da economia
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/05/2011 | 07:15
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As famílias brasileiras, em abril, ficaram um pouco menos otimistas em relação aos rumos da economia. É o que aponta o IEF (Índice de Expectativas das Famílias), apurado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e divulgado ontem.

O IEF caiu de 65,3 pontos em março para os 63,8 pontos no mês passado. Nesse indicador, numa escala que vai de zero a 20, há grande pessimismo; de 20 a 40, pessimismo; de 40 a 60, moderação; de 60 a 80, otimismo e de 80 a 100 grande otimismo.

A queda é pequena e o patamar atual é maior do que o de abril de 2010 (quando o índice estava em 62,8 pontos). O otimismo se manteve mais elevado entre os consumidores com faixa de renda de mais de dez salários-mínimos e instrução completa.

Segundo o delegado regional do Corecon (Conselho Regional de Economia) no Grande ABC, Leonel Tinoco, o aumento da inflação, com elevações de preços sobretudo de alimentos e combustíveis, colabora para a redução da confiança do consumidor. E os reajustes de itens de primeira necessidade impactariam mais sobre a população de baixa renda.

Somado a isso, começam a aparecer os primeiros sinais de impacto das medidas do Banco Central para conter o consumo, entre as quais o aumento das exigências para os bancos fazerem financiamento de longo prazo e a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 1,5% para 3%.

Isso pode ser verificado também pela menor predisposição em consumir bens duráveis (como automóveis, TVs e celulares). Apesar do índice ainda ser elevado - 50,7% afirmam que o momento ainda é propício para isso -, houve queda em relação aos 54,1% que tinham essa opinião em março.

No entanto, Tinoco salienta que os números ainda são favoráveis já que a economia vem se mantendo em rota de crescimento.

ENDIVIDAMENTO - O estudo do Ipea mostra ainda que, apesar da elevação das taxas de juros, o risco de aumento da inadimplência permanece moderado. Isso porque 72% dizem que têm pouca ou nenhuma dívida e mais de 92% dizem que não têm intenção de contrair financiamentos. No entanto, aumentou o valor médio a pagar dos que estão com débitos: foi a R$ 5.214,78. É menos do que os R$ 4.194,97 de março.

Além disso, entre as famílias endividadas, 38,6% dizem não ter condições de honrar seus compromissos. É menos do que as 40,5% que afirmavam o mesmo em março.




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