O FMI (Fundo Monetário Internacional) previu um crescimento econômico de 9% na China em 2005 e lançou um alerta de superaquecimento no gigante asiático no relatório anual sobre a economia chinesa, publicado nesta segunda-feira. Nas previsões precedentes, divulgadas em abril, o FMI apostava num crescimento de 8,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2005 na China.

"A economia chinesa parece muito forte, muito boa, e a inflação está sob controle. O nível de crescimento deve ficar em 9%, talvez em até 9,5%, vai depender dos resultados do terceiro trimestre de 2005", afirmou a jornalistas Steven Dunaway, diretor adjunto do FMI para a Ásia e o Pacífico.

Os preços ao consumidor aumentaram somente 1,3% em agosto, depois de registrarem 1,8% em julho e 5,3% em agosto de 2004, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas.

Em seu relatório deste ano, o FMI pede uma "contínua vigilância" ao governo chinês e emite um alerta sobre o crescimento do crédito e dos investimentos "dado as somas consideráveis atualmente nos bancos" do país. O Fundo incentiva Pequim a tomar medidas para canalizar seu dinheiro na direção dos mercados financeiros abertos, fora do sistema bancário chinês.

A decisão tomada por Pequim em julho de flexibilizar sua política de taxas de juros satisfez o FMI, para quem essa medida "é a chave para uma maior independência da política monetária e para ampliar a resistência da economia aos choques externos".

O FMI também pediu às autoridades de Pequim que concedam uma maior autonomia ao Banco Central.