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Polícia encontra central do PCC em Sto.André
Rogério Gatti
Do Diário do Grande ABC
12/02/2007 | 23:41
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A polícia estourou nesta segunda pela manhã, em Santo André, uma central telefônica clandestina que possibilitava o contato com detentos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que cumprem pena no presídio de Franco da Rocha, interior do Estado de São Paulo. Uma pessoa foi presa e duas granadas encontradas, explodidas.

Os policiais chegaram ao apartamento bloco 82 do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) do Jardim Santo André por meio de uma denúncia anônima. Encontraram Gereidiane Gomes de Souza, 19 anos, conhecida como Pretinha, e mais três crianças no local.

Ela confirmou que uma linha, puxada de um telefone público da rua, era utilizada para conversar com seus irmãos, Uederson Gomes de Souza, 24 anos, e Wellington Gomes de Souza, 25 anos, que cumprem pena por assalto a mão armada no presídio de Franco da Rocha desde 2005 e teriam ligação com o PCC. Pretinha não revelou em seu depoimento se os dois irmãos detentos transmitiam ordens para outros membros da facção que estão do lado de fora da cadeia.

A polícia apreendeu, além das duas granadas de mão, três aparelhos telefônicos, quatro celulares, um revólver calibre 22, um silenciador (equipamento usado para abafar o barulho de disparo de uma pistola) e ainda um coquetel molotov, principal arma caseira utilizada para incendiar ônibus durante os ataques promovidos pela facção. Pretinha disse não saber a origem e não soube explicar por que as armas estavam no apartamento.

Segundo o delegado titular do 6º DP de Santo André, Darci Freitas, Pretinha será encaminhada à cadeia pública feminina de São Bernardo. “Nós vamos continuar investigando para saber que tipo de ação os criminosos planejavam com esse armamento”, afirmou o delegado. A polícia ainda espera encontrar a mãe de Pretinha, que também mora no apartamento e foi apontada como a responsável pela linha telefônica clandestina.

Explosão - Assim que a polícia encontrou as granadas, a Unidade Antibomba do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) de São Paulo foi acionada para verificar a potência e detonar os explosivos. As bombas foram levadas para uma área isolada no bairro e colocadas em um buraco no chão. Com a violência da explosão, os estilhaços foram espalhados por um raio de cinco metros e poderiam matar quem estivesse nesse perímetro.



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