É o caso de "Guerra", óleo de 1942, que participa da exposiçao. O quadro era um dos preferidos do marchand italiano e foi doado para a coleçao dos Bardis pela família de Segall. Atualmente a obra pertence ao acervo do Masp, que a emprestou para a mostra. A outra única pintura que participa da exposiçao é "Refugiados", aquarela de 1922, pertencente ao acervo do próprio museu.
A exposiçao exibe também relevos, como "Eternos Caminhantes", gesso pintado em baixo-relevo em 1929; esculturas como o busto em mármore de Jenny Klabin Segall, sua mulher, e obras em papel, como os seis desenhos feitos entre 1940 e 1943, pertencentes ao caderno "Visoes de Guerra", ou ainda a aquarela "Mae e Filhos", de 1935.
Embora a obra seja sempre o testemunho mais interessante e vivo da história da arte, Marcelo Araújo chama a atençao sobre a exposiçao documental que, de fato, traz algumas provas curiosas da produtiva relaçao entre as personalidades. Uma carta escrita por Bardi a Segall em 1956, por exemplo, dá uma idéia de como o crítico influenciou a trajetória do pintor. Nela, Bardi aconselha o amigo, que na ocasiao estava prestes a montar uma exposiçao em Paris, que cuide muito da montagem, uma vez que os franceses, na sua visao, nao eram muito bons nisso de montar exposiçoes. Ele também escreve que Segall apoie sua mostra nas pinturas, mas que nao deixe de fora os desenhos.
"Além de cartas do jornalista a Segall e vice-versa, reunimos escritos de Bardi para outros críticos e jornalistas", esclarece Araújo. "Além de artigos deles sobre o artista, para mostrar a importância desse tipo de prática em favor da arte, muito rara naqueles tempos".
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