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Heroínas de Hitchcock comemoram centenário do diretor
Do Diário do Grande ABC
14/10/1999 | 16:28
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Algumas das heroínas de Alfred Hitchcock, entre elas Eve Marie Saint, Teresa Wright e Janet Leigh, reuniram-se num jantar nesta quarta-feira em Nova York para comemorar o centenário do nascimento do mestre do suspense.

O jantar, que reuniu também um dos heróis de Hitchcock, John Forsythe, e sua filha, Patricia Hitchcock O'Connell, marcou o início de uma homenagem de cinco dias organizada pelo Departamento de Artes e Cinema da Universidade de Nova York.

Durante cinco dias, roteiristas, profissionais do cinema, historiadores, críticos, escritores e algumas das estrelas de Hollywood que participaram de seus filmes vao discutir plano a plano os aspectos de cada película realizada pelo cineasta, nascido a 13 de agosto de 1899 na Gra-Bretanha.

Os participantes vao dissertar e dissecar todo o cinema de Hitchcock, - desde seu filme (inacabado) ``Number Thirteen', de 1922, até o último, ``Trama Diabólica', em 1976 -, o qual examinarao de diversos ângulos: desde sua música e sua escritura, até os aspectos homossexuais em alguns de seus filmes.

Neste capítulo, o cineasta britânico James Ivory oferecerá uma palestra sobre ``O toque Hitchcok, ou o olhar homoerótico' em seus filmes ``Festim Diabólico' (``Rope') e ``Pacto Sinistro' (``Strangers on a Train').

Será examinada também sua filmografia à luz da vida do cineasta, que nasceu em Londres, onde seu pai tinha uma pequena quitanda, e que em 1939 se instalou em Hollywood, onde filmou a maioria de suas obras-primas.

Alguns críticos e psicanalistas examinarao os temas de ``memória e trauma', com oficinas sobre a ``crise de identidade' e ``a perda da memória' nos filmes ``Rebecca' e ``O corpo que cai', enquanto outros discutirao ``o gótico em Hitchcock', com mesas redondas sobre ``Hitchcock, Poe e o inconsciente criativo'.

A homenagem vai dar um lugar central à sua relaçao com os cineastas franceses da Nouvelle Vague, entre eles Eric Rhomer e François Truffaut, os primeiros que destacaram o aspecto inovador e vanguardista dos filmes de Hitchcock.

Algumas feministas, entre elas Amy Nelson e Camille Paglia, vao destacar o olhar que tinha sobre a mulher, examinando por exemplo ``o fetichismo da mulher no filme Marnie', ou a maneira pela qual o cineasta pinta os personagens femininos, como ``maes e filhas'.




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