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Crise hídrica e colapso da logística
Do Diário do Grande ABC
06/07/2017 | 09:49
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Quando pensamos em falta de água logo realizamos a relação com o consumo humano, seja ligado à ingestão direta, higiene, produção e cultivo de alimentos ou coisas relacionadas. Entretanto, outro ponto importante e que pouca gente leva em consideração é como a crise hídrica afetaria de forma muito relevante a logística dentro do Brasil. Antes de entender como isso pode ocorrer, temos que ampliar a visão de que isso só ocorreria porque impactaria no fator humano. Isso pode ser mais profundo e muito mais amplo, pois o cenário nacional possui características únicas.

Temos que partir do ponto que a falta de água iria inviabilizar a reutilização de veículos e/ou carrocerias em tempo hábil para sua reutilização. Existem produtos que necessitam de transporte muito específico e que não possuem oferta adequada de veículos, por isso, muitos são utilizados, higienizados e, depois, utilizados novamente. Isso é importante para manter o custo do transporte dentro de condições possíveis para os embarcadores e para aqueles que realizam o transporte. Caso não fosse possível reutilizar, o custo do frete nesses casos seria bastante elevado, o que faria com que o mercado sofresse bastante e todas as camadas iriam sofrer impactos.

Outro ponto importante disso é o transporte de cargas hidroviário, que atualmente já possui limitações dentro do Brasil, mas que acaba auxiliando de forma importante os demais modais disponíveis. O desaparecimento dessa válvula de escoamento iria sobrecarregar o transporte rodoviário de forma tão grande que o mesmo não teria condições de suportar a demanda. Isso se desdobraria em colapso gigantesco na logística brasileira, transportes não conseguiriam ser realizados, produtos iriam passar de seus prazos de validade e não chegariam aos distribuidores e mercados a tempo para comercialização.

Isso também se refletiria nas vias nacionais, que teriam volume maior de caminhões nas estradas, se deteriorando com mais rapidez. Além disso, o volume de tráfego seria maior, o que causaria mais congestionamentos, atrasando os fretes ainda mais. Seguindo essa linha, o meio ambiente também sofreria, pois a emissão de CO2 seria maior, ampliando o impacto, que hoje já é grande. Todos os anos alguma região do País sofre com a seca e, naturalmente, pensamos em como isso impacta diretamente nosso cotidiano. A questão que devemos refletir é que isso é muito maior do que a calçada que deixamos de lavar ou o banho que passa de dez para cinco minutos. É importante observar que todo ecossistema maior sofre com a falta de água e isso poderia ser catastrófico para setores primordiais da sociedade.

Reinaldo Menegazz é diretor da empresa CargoX.

Palavra do leitor

Redução de vereadores
Apoio integralmente o Ministério Público a pressionar a Câmara de São Bernardo pela redução do número de vereadores (Política, dia 1º). Como também apoio Assembleia Constituinte exclusiva que transformasse Câmara Federal e Senado em Congresso Nacional único, com redução de aproximadamente 40% de legisladores. Com isso reduziria automaticamente as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais, devido à proporcionalidade. Com relação aos comissionados dos legislativos reduziria a um cargo de assessor, obrigando as Casas a criar cargos necessários para assessoria de todos os legisladores. Com isso teríamos mais verbas para Saúde, Educação, transportes etc, e menos para a burocracia, que só serve para sustentar a sua continuidade na política, através de apadrinhados.
Paulo Leibruder
São Bernardo

A favor dos sindicatos
Sindicatos são organizações de representação dos interesses dos trabalhadores, criados para compensar o poder dos empregadores na relação contratual sempre desigual e reconhecidamente conflituosa entre capital e trabalho. Com a proposta de reforma trabalhista, onde os principais objetivos são acabar com os direitos trabalhistas e destruir o papel dos sindicatos como mediador e defensor dos interesses dos trabalhadores na relação capital e trabalho, virou moda criticar ou mesmo banalizar a figura do sindicato enquanto entidade de classe. É verdade que existem sindicatos que não têm compromissos com os interesses da categoria que representam, com dirigentes fiéis aos interesses de partido A, B ou C e, pior, que cedem às pressões dos patrões e esses devem ser combatidos, pois a entidade sindical deve ser considerada e respeitada pelo papel que joga na luta de classes. No entanto, existem entidades que têm compromissos com a luta dos trabalhadores e, portanto, não podemos colocar todos na vala comum. Não podemos nos iludir com a propaganda e opinião de setores ligados aos interesses dos empresários (os patrões) e do governo, que tentam desqualificar o papel e a importância da organização sindical.
Pedro Pereira de Sousa
Santo André

Contra os sindicatos
Muitos pelegos que vivem na boa vida, sem trabalhar, à custa dos trabalhadores que pagam o injusto e inexplicável imposto sindical estão apavorados ao perceberem que essa mamata de aproveitadores do maior número de sindicatos do mundo está chegando ao seu fim. São mais de 15 mil só no Brasil. Podemos suportar um absurdo desse? Um País assim com tamanha exploração sindical sobre os seus trabalhadores pode ficar sem crise e desemprego? Contudo, apelamos ao Congresso que acabe de vez com essa enorme injustiça e distorção que certamente deixará muitos sindicalistas vadios e espertinhos encabulados e precisando enfrentar as filas do desemprego da mesma maneira que os demais trabalhadores brasileiros.
Benone Augusto de Paiva
Capital

Mito
Embora o técnico são-paulino, fanático torcedor do ‘mais querido’, tenha caído, o São Paulo já estava caído por baixo há uns cinco ou seis anos (Esportes, dia 4). Ele só veio para confirmar as besteiras que todas as diretorias continuam a fazer com um clube do porte do Tricolor. Não adianta trocar de técnico. Enquanto os ‘donos’ do clube não puserem a cabeça no lugar, enquanto todos os dirigentes de todos os clubes não pararem de inflacionar a moeda brasileira, o futebol jamais terá o seu encanto e a sua mágica de volta. Como a gloriosa Seleção de 1970, por exemplo.
Edson Rodrigues
Santo André

Quem vê cara...
Que Deus me perdoe, mas esse deputado do PMDB Sérgio Zveiter, escolhido para relatar a denúncia contra o presidente Temer, não me inspira a menor confiança (Política, ontem).
Maria Elisa Amaral
Capital 




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