O presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), afirmou nesta terça-feira que no próximo dia 18 estará "firme e forte" para reassumir o cargo e garantiu que "nenhum tipo de violência" irá colocar seu mandato em risco. A declaração foi uma resposta à afirmação do corregedor da Casa, Romeu Tuma (PFL-SP), de que haveria provas para pedir a cassação dele.

"Nem o Ministério Público, nem o Banco Central e muito menos o Banco Itaú do Rio de Janeiro conseguiram demonstrar qualquer prova de movimentação de dinheiro público em minha conta. O que há é muita estupidez de se querer vincular um episódio ocorrido há 17 anos com o exercício do meu mandato", disse o senador, referindo-se à notícia de que o Itaú teria comprovado que pelos menos quatro aplicações financeiras feitas por ele tiveram a complementação de cheques administrativos do Banco do Estado do Pará (Banpará).

Jader Barbalho garantiu ainda que não deixará que ninguém ganhe "dez minutos de glória" às suas custas. "Primeiro, inventaram que eu teria sido visto num hotel em São Paulo recebendo cheque de U$$ 4 milhões (referente à suposta venda de Títulos da Dívida Agrária fraudulentos). O empresário citado desmentiu isso em depoimento na Polícia Federal. Depois, montaram uma fita em Manaus dizendo que eu queria R$ 10 milhões para liberar projeto na Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia). A perícia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) provou que a fita era falsa", afirmou.