Economia Titulo
Setor de embalagens terá alta de 15%
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
11/06/2010 | 07:00
Compartilhar notícia


Estudo realizado pela Austin Asis Consultoria aponta que o faturamento das indústrias de embalagens no Brasil deverá ser 15% maior neste ano na comparação com 2009. A expansão, de acordo com a análise, reflete o reaquecimento da economia brasileira - que cresceu 9% no primeiro trimestre frente a igual período do ano passado.

O bom desempenho do segmento, de acordo com especialistas, serve para atestar que o cenário econômico é favorável, já que as embalagens são utilizadas por ampla gama de atividades: desde a área alimentícia, automotiva, eletroeletrônica, cosméticos, farmacêutica até a construção civil, entre outras.

Segundo o economista-chefe da Austin, Alex Agostini, o setor foi beneficiado, no atendimento à área de bens duráveis (carros, eletrodomésticos e móveis), que ganhou impulso com os incentivos fiscais oferecidos pelo governo e, no fornecimento para os não-duráveis (como os itens alimentícios e cosméticos), com a recuperação da renda e do emprego.

Uma das fabricantes do segmento, a Agris Embalagens, de Diadema, observa o ritmo mais forte das encomendas. Segundo o proprietário, José Roberto Suriano, na comparação com o início de 2009, que foi muito fraco, as vendas em março e abril foram quase 50% maiores.

Para o ano todo, o empresário segue otimista. "Esperamos voltar a crescer na casa dos 20% ao ano, que foi a base (o percentual de expansão) dos últimos quatro anos", afirma, ressaltando que a exceção foi o ano passado. "Mas conseguimos ficar positivos em 3% (ou seja, houve pequena alta nas vendas)".

O forte da Agris, que faz serviços terceirizados de embalagens, é o atendimento às indústrias de cosméticos. E a companhia, de pequeno porte - produz volume mensal de 40 toneladas -, já está no limite da capacidade produtiva e se prepara para adquirir equipamentos, para ampliar. "Pretendemos investir em torno de R$ 100 mil", afirma.

Com aportes feitos durante o auge da crise, a produtora de embalagens de papelão Mazurky, de São Bernardo, se posicionou para aproveitar o aumento da demanda. Sua produção cresceu 70% no primeiro quadrimestre frente a igual período de 2009. O empresário Eduardo Mazurkyewistz cita que havia encomendado maquinário em 2008. "Não tivemos como cancelar o pedido. Quando a máquina chegou, não tínhamos nem mercadoria para testá-la", lembra.

O que seria algo ruim, tornou-se vantagem, com a melhora do cenário. "No fim do ano passado, compramos outro equipamento e hoje temos capacidade de sobra", afirma. Ao todo, a companhia investe cerca de R$ 2 milhões, dos quais R$ 400 mil referem-se a outro maquinário que deve chegar em breve, importado de Portugal.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;