Como o Brasil não é conhecido exatamente pela excelência de sua memória ou pelo culto a imagens do passado, ou à sua preservação (que custa caro), deduz-se que seja um festival na contracorrente. O que o torna ainda mais interessante e necessário.
O Cine OP abre com um filme da carioca-brasiliense Betse de Paula, Desarquivando Alice Gonzaga. Traz à luz o trabalho e a luta da pesquisadora e herdeira da histórica produtora Cinédia, de Adhemar Gonzaga, empresa que tem em seu portfólio alguns clássicos do cinema nacional como Alô, Alô Carnaval, do próprio Gonzaga, e Ganga Bruta, de Humberto Mauro.
Haverá outras homenagens, casos do coletivo Vídeo nas Aldeias (na pessoa do seu criador, o cineasta Vincent Carelli), da montadora Cristina Amaral (parceira de vida e trabalho do cineasta Andrea Tonacci, que morreu em dezembro) e do pesquisador Antonio Leão da Silva Neto, autor de obras de referência fundamentais, como o Dicionário de Filmes Brasileiros, Atrizes e Atores do Cinema Brasileiro, e outras, que ele escreve e publica sem qualquer apoio oficial.
Durante o evento haverá a realização de diversas mesas de debate em torno dos três eixos programáticos - História, Patrimônio e Educação. Serão apresentados nada menos do que 76 filmes, sendo 13 longas, quatro médias e 59 curtas-metragens.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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