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GCM de S.Caetano passa por nova crise após greve
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
17/04/2008 | 07:05
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Após greve ocorrida em 2006, a GCM (Guarda Civil Municipal) de São Caetano passa por uma nova crise interna. Cerca de oitenta integrantes da corporação – o efetivo é de 350 agentes – rubricaram um abaixo-assinado pedindo explicação do comandante Balbo Santarelli sobre os critérios utilizados para a promoção de 23 guardas.

 Os guardas insatisfeitos ressaltam que o responsável pela GCM teria escolhido os graduados de maneira pessoal. “As definições foram feitas de acordo com quem ele tinha mais afinidade”, aponta um dos descontentes, que preferiu não se identificar temendo represália.

 A reclamação dos guardas se baseia no Estatuto da GCM. No documento, as promoções são efetuadas em quatro etapas (inscrição, avaliação, classificação e nomeação),e com ampla divulgação em edital.

 O prefeito José Auricchio Júnior (PTB), ressalta que não houve “promoções” e sim “designações administrativas” efetuadas por uma portaria da administração, pois os guardas já vinham executando funções de chefia, mas sem as insígnias – houve nivelamento dos cargos depois da paralisação coletiva de 2006 e todos os guardas regrediram para a terceira classe. “Estamos trabalhando com servidores municipais. O Estatuto da GCM não tem validade, porque não há plano de carreira na Prefeitura (está sendo feito pela Fundação Getúlio Vargas)”, observou Auricchio.

 Já o comandante da GCM, Balbo Santarelli, enfatiza que utilizou critérios técnicos para as promoções, como desempenho, antigüidade, assiduidade, apresentação e conhecimento. “Estamos no aguardo da concretização do plano de carreira da administração, para adequar nosso planejamento interno”, explica Santarelli.

 Além das supostas irregularidades nas ascensões, os guaras fazem denúncias sobre o funcionamento da corporação. “Nas bases comunitárias da GCM, somente um guarda fica a postos. Isso coloca em risco a segurança dos agentes, principalmente nas divisas das cidades, locais de alta periculosidade”, explica o agente que mantém a alcunha em sigilo.

 Acerca da atuação individual dos guardas, Santarelli reconhece que o número não é o ideal, mas nega que haja déficit na corporação. “Em situações de ocorrência disseminamos a informação a todos os postos e viaturas”, defende-se.



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