Esportes Titulo Maratona Aquática
Braçadas para todas as idades

Nona e última etapa da maratona aquática reúne na Represa
Billings mais de 1 mil atletas, com destaque para Ana Marcela

Thiago Silva
Do Diário do Grande ABC
07/11/2011 | 07:30
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A nona e última etapa do Circuito de Maratonas Aquáticas 2011, realizada ontem, na Represa Billings, na antiga sede náutica do Clube do Banespa, foi a prova de que o esporte pode reunir vários atletas de idades diferenciadas, que não têm como objetivo conquistar medalhas, mas simplesmente competir e completar a prova.

Ao todo foram 1.087 mil inscritos, divididos em diversas categorias - separadas por idade e também nos três percursos. O longo foi de quatro quilômetros, prova que contou com os atletas mais experientes. O médio de dois quilômetros e o básico de um.

Como era de esperar, a prova feminina foi vencida por Ana Marcela Cunha, que se tornou em julho a primeira mulher a conquistar medalha em Copa do Mundo, ao vencer a Maratona Aquática de 25 quilômetros de Xangai.

Ontem, na prova de quatro quilômetros master, ela, que compete pela UniSanta, não teve dificuldade para superar as adversárias com o tempo de 47 minutos e 26 segundos, quase dez minutos à frente da segunda colocada, Mariana Bizetto Silva, da Associação Esportiva União de Jundiaí, com 57 minutos e 15 segundos.

"Estava de férias, mas fiz questão de participar. Algumas adversárias mais fortes não vieram, mas o importante é incentivar para que mais atletas participem", frisou Ana Marcela. "Gostei muito de nadar aqui, o visual é deslumbrante", elogiou.

Apesar da vitória de Ana Marcela, Mabília Gomes, terceiro lugar, foi a campeã da temporada porque Ana Marcela nadou poucas etapas da temporada.

Linecker Scarpelli, vencedor da master entre os homens e também da temporada, elogiou o esforço dos outros atletas. "A Maratona Aquática será a competição do futuro e é muito legal você perceber pessoas buscando seus objetivos, não apenas medalhas, mas atingir o próprio limite, como conseguir completar o percurso."

Scarpelli, do Jundiaí, fez o tempo de 47 minutos e 33 segundos, pouco melhor que Bruno Yamamoto (segundo com 48 minutos e dez segundos) e Marcos Campos Rodrigues (terceiro, com 48 minutos e 36 segundos).

Os dois últimos são do Circulo Militar, clube campeão da categoria master. O Atlantis/Aramançan terminou em segundo e o Apanara em terceiro.

 

LIÇÕES

A grande prova de que não há limite para participar é do jornalista Paulo Maia, 54 anos, que começou a nadar há dez, depois de sofrer enfarte. Ele ressaltou que os governos gastariam bem menos com saúde e hospitais, caso investissem no esporte.

"Vivo melhor depois de que comecei a nadar. Não podemos viver no sedentarismo e, por isso, faço a campanha TBC, que significa Tire a Bunda da Cadeira. Depois que você começa no esporte você dorme melhor, transa melhor, se condiciona bem e tem outra postura em relação à vida. É mais fácil o governo gastar com atividades esportivas que com leitos em hospitais", comparou Maia, que nadou no Canal da Mancha em 2007.

Quem aprendeu com a lição é Bárbara Airy Honma, que tem apenas 12 anos. "Comecei por incentivo do meu irmão e aprendi a gostar de nadar."

Até a cadela Menina, do atleta Caco de Paula, 51, sabe a importância do esporte. Depois de quebrar a pata, a veterinária indicou a natação como fisioterapia. "Ela gosta de nadar estilo cachorrinho", brincou.




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