O diretório do PMDB de Diadema será avaliado pela executiva estadual do partido e poderá sofrer intervenção. Isso porque o partido não atingiu os 5% dos votos válidos na cidade e, de acordo com a orientação dada pelo presidente provisório da sigla, o deputado estadual Baleia Rossi, todos os diretórios nesta condição serão reavaliados.

A vereadora Cida Ferreira foi candidata a deputada estadual no ano passado - única dos peemedebistas no município. Ela recebeu 7.913 sufrágios, que somados ao dos outros postulantes da sigla lembrados em Diadema representam cerca de 4,35% dos votos válidos.

Mesmo na mira da executiva estadual, Cida garante que a soma dos outros deputados votados na cidade completa os 5%. "Estamos tranquilos", disse.

Apesar do clima sereno colocado por Cida, o cenário do PMDB paulista mudou. A vereadora tinha bom trânsito com Orestes Quércia, ex-presidente do partido, morto em dezembro vítima de câncer, que era ligado ao PSDB. Inclusive, ela fez parte da direção estadual na gestão passada. Já Baleia Rossi é apadrinhado pelo vice-presidente Michel Temer, com tendência de apoio ao PT. "Já tínhamos convivência", disse sobre Baleia Rossi.

As divisões regionais da sigla são colocadas pela executiva estadual como as conciliadoras do processo. A coordenadora do partido no Grande ABC, deputada estadual Vanessa Damo (Mauá), explicou que as intervenções não são negativas, mas uma forma de auxiliar no crescimento da legenda no município. Ela ressaltou a "votação expressiva" de Cida e a colocou como grande liderança do PMDB. "Ela fez muito pelo partido nas eleições e nós reconhecemos isso", disse Vanessa.

A deputada avisou que pretende se encontrar com Cida para se informar sobre o plano do partido para Diadema. "Não vamos avaliar só o percentual de votos, são vários fatores. Queremos somar com os diretórios. Todo Estado está sob análise", explicou. O PMDB pretende aplicar intervenções em 320 cidades.