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Terceirizados da FSA paralisam os serviços

Os 48 trabalhadores da limpeza do colégio aguardam há 55 dias acerto do salário e benefícios

Natália Fernandjes
Vanessa de Oliveira
do Diário do Grande ABC
02/06/2017 | 07:13
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André Henriques/DGABC


Funcionários terceirizados do serviço de limpeza do colégio da Fundação Santo André, na Vila Príncipe de Gales, estão com os braços cruzados desde a terça-feira. O motivo é o atraso de 55 dias do pagamento de salário de maio, além de benefícios como vale-transporte e alimentação. Está agendada para hoje reunião entre a empresa Setta Serviços Terceirizados Eireli, a instituição de ensino e o Siemaco-ABC (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação Ambiental, Limpeza Urbana e Áreas Verdes).

Na manhã de ontem, parte dos 48 trabalhadores contratados para atuar na limpeza do colégio da Fundação Santo André se reuniu em frente à instituição de ensino para cobrar solução para o problema. “A informação que temos é a de que a Fundação pagou a empresa, que não repassou aos funcionários. Os trabalhadores estão sem assistência. Chegaram ao ponto de ter de coletar latinhas de alumínio para conseguir recursos para comprar pães para o café da manhã e custear o transporte”, observa o assessor de base do Siemaco-ABC, Roberto Gomes.

Para uma das funcionárias, que prefere não se identificar por temer represálias, a situação é ainda mais grave, tendo em vista que o marido também é prestador de serviços da Setta Serviços Terceirizados Eireli. “Estamos trabalhando há três meses e a renda total da família está comprometida. Eu trabalho no turno das 6h às 15h e meu marido, das 15h às 22h”, destaca a mãe de cinco filhos. Cada funcionário recebe salário de R$ 1.078. “A situação está crítica, tem de catar latinha para poder comprar o pão das crianças. Estou há dois meses sem pagar aluguel (R$ 700 por mês). A dona da casa falou que tenho até o dia 9 para acertar, mas não sei de onde tirar”, revela.

Outra trabalhadora que também tem medo de dar o nome ressalta ter vindo de Macapá, capital do Amapá, há um ano para o Grande ABC e, depois de batalhar o emprego, tem medo do futuro. “Pago aluguel de R$ 500 e moro sozinha. O dono da casa está aborrecido comigo pelo atraso”, lamenta.

A FSA destacou que o pagamento referente ao mês de abril foi saldado à empresa terceirizada no dia 4 de maio e que, assim que tomou conhecimento de que o repasse não havia sido feito aos funcionários, notificou a Setta, que não apresentou qualquer esclarecimento formal. A instituição afirma estar tomando providências para a rescisão contratual. Além disso, a fatura do mês de maio será retida para resguardar os direitos dos funcionários terceirizados.

A equipe de reportagem do Diário não conseguiu contato com representantes da Setta Serviços Terceirizados Eireli, empresa fundada em 2015 em Botucatu, no Interior.




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