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Vivaldi convida folião a cuidar da saúde
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
08/02/2011 | 07:27
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A Acadêmicos da Vila Vivaldi está em contenção de despesas. A escola de samba de São Bernardo promete colocar o pé no freio neste ano e gastar, no máximo, R$ 55 mil na folia, sendo R$ 45 mil de subvenção da Prefeitura, que ainda não chegaram.

"No ano passado gastamos R$ 83 mil e desfilamos com 760 componentes", relembrou o presidente da escola, Valdir Barbosa. Mesmo com uma passagem memorável pela Avenida Aldino Pinotti, onde ocorrem os desfiles de Carnaval do município, a escola amargou um vice-campeonato que parece entalado na garganta dos que integram a agremiação.

O corte de despesas representa desafio ainda maior porque a chuva que caiu no início da semana passada alagou as ruas da Vila Vivaldi e molhou as fantasias que estavam no campinho de futebol improvisado como quadra da escola.

Restaram intactos os pinguins, golfinhos e o tradicional tigre da escola, que vai no carro abre-alas. "Estávamos com 60% do material pronto. Agora vamos ter de colocar para secar e ver o que dá para aproveitar", explicou Barbosa, com certo desgosto no olhar.

DENGUE
Ao falar do samba-enredo, porém, os olhos desse eterno sambista voltam a brilhar. "Este ano a Vivaldi é consciente: vamos falar sobre saúde e, principalmente, sobre o combate à dengue", afirmou. Serão 500 componentes desfilando pela avenida. A bateria, com cerca de 80 integrantes, será um show à parte: promete vir fantasiada de mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue.

Quem vem à frente dela e não lembra nem um pouco a magreza de um mosquito é a rainha de bateria Camila Sales, 25 anos. Apesar de dizer que passou o ano todo sem fazer academia, a bela morena mantém o corpo em dia. "Isso é só ensaio. Tenho que estar com samba no pé e o enredo na ponta da língua para o dia do desfile", garantiu.

Além dos mosquitos, Barbosa promete quatro carros alegóricos e uma comissão de frente que fará um brinde à saúde e alegria do povo de São Bernardo. "É assim que queremos chamá-los para festejar o Carnaval com a gente", prometeu o presidente da Vivaldi.

Artista vem do Amazonas para a região

Lazaro Freitas, 32 anos, mora em Paritins, no Amazonas, cidade conhecida pela tradicional festa dos bois Garantido e Caprichoso, mas vai passar o mês de fevereiro em São Bernardo. O escultor trouxe sua experiência para ajudar na folia da região.

Desde criança, Freitas respira Carnaval. "Quando fiquei mais velho, saí de lá para ajudar nas festas do Rio de Janeiro e de São Paulo."

O artista seguiu os passos de outros amazonenses que ajudaram o carnavalesco Joãozinho 30 a transformar o desfile carioca em puro luxo. Freitas conta que a Festa do Boi tem fama de usar e abusar da tecnologia. "Os carnavalescos daqui se encantaram", contou.

Agora é a Vivaldi quem ganha com o artista. O presidente da escola, Valdir Barbosa, promete surpresas. "O tigre do carro abre-alas vai se mexer na avenida. Ele pode até rugir, ainda não temos certeza, mas quem estiver lá vai saber."




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