O Santo André tenta superar, nesta terça-feira, um dos maiores desafios do time no returno da Série B do Campeonato Brasileiro. Como se já não bastassem as circunstâncias teoricamente favoráveis ao Marília, que atua em casa, o adversário fará de tudo para se recuperar da recente derrota contra o Atlético-MG no terreiro do Galo. O técnico Ruy Scarpino reconhece que o confronto desta noite (20h30, no estádio Bento de Abreu) é fundamental para quem, se passar pelo rival do interior, poderá, enfim, colocar os pés no G-4, o bloco dos quatro melhores que acirram a briga pelo acesso ao grupo de elite nacional. “Vamos buscar os três pontos, mas o empate não seria um resultado ruim. Eles (do Marília) estão no ambiente deles. Em tese, isso pesa. Estamos conscientes das complicações que nos aguardam”, disse.

Mais do que nunca, Scarpino prepara o Santo André para encarar cada rodada como se fosse uma finalíssima. Na opinião do comandante, as dificuldades aumentarão gradativamente. “Se já havia equilíbrio, agora mais ainda. Entramos em um afunilamento. É só olhar do meio para cima. A diferença é bem pequena”, exemplifica o treinador, ao citar a distância entre o líder Coritiba (38 pontos) e os principais concorrentes: Náutico (35), Sport (33), Atlético-MG (32), Santo André (30, a exemplo do CRB e do Avaí). Em seguida, o Marília (29). “A distância é pequena. Uma ou duas vitórias colocam no alto da tabela. Só que uma ou duas derrotas podem empurrar lá para baixo”, alerta.

Apesar das previsíveis dificuldades, Scarpino confia no equilíbrio de quem, segundo ele, atingiu um bom nível de entrosamento durante a temporada. No entanto, ele disse que o elenco precisa manter o sinal de alerta ligado na seqüência da Segundona. “É como se estivéssemos em uma encruzilhada: ou você sobe ou se desgarra daqueles que estão na luta. Diria que conseguimos chegar ao momento mais importante da Série B”, constata Scarpino, que prevê uma forte pressão do Marília. “É natural que eles venham para cima. Primeiro, vamos marcar forte, Depois, a gente vê como é que vamos achar o melhor caminho para atacar”, despista Scarpino, que tem uma fórmula simplista. “É valorizar a posse de bola e não se desorganizar taticamente. Meus jogadores já sabem que é necessário manter o controle da situação o tempo todo. Queremos trazer pelo menos um pontinho. Se pudermos ganhar, ótimo. Não podemos ignorar a força do Marília, que se reforçou demais para buscar o acesso”, lembra.