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Região não contabiliza interrupção legal de gravidez
Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
05/06/2010 | 08:58
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Em 2009, 1.682 mulheres de diversas faixas etárias realizaram abortos, por razões médicas ou legais, pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Mas, segundo pesquisa realizada em 2004, pelo Cepia (Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação) o número pode chegar a 1,5 milhão, ao ano, se incluir os casos de abortos induzidos e inseguros, ocorridos fora do ambiente hospitalar.

Na região, os municípios não souberam informar quantos ocorrem, nem mesmo na rede pública de saúde. O Estado de São Paulo realiza o procedimento na Capital, no Hospital Pérola Byington e em duas cidades do Interior.

Ribeirão Pires, Santo André e São Bernardo afirmaram que realizam abortos legalmente autorizados. São Caetano disse que, apesar de nunca ter ocorrido um caso no município, realizará na rede pública após autorização legal. Já Diadema, afirmou que é comum o encaminhamento dos casos para os hospitais de referência da Capital, mas que realiza curetagem uterina (limpeza no útero) nos casos de aborto espontâneo incompleto.

Com exceção de Mauá e Rio Grande da Serra, que não responderam, todos os municípios prestam atendimento às mulheres vítimas de violência sexual, com realização de exames e, nas primeiras 72 horas, a profilaxia para DST/Aids e gravidez, com a ingestão da pílula do dia seguinte.

PÍLULA DO DIA SEGUINTE - A pílula do dia seguinte, implantada na rede de saúde pública em 2002, pode ser um dos principais fatores na redução de abortos. Apesar de condenada por religiões, como a Católica, os números de abortos legais reduziram pela metade de 2008, quando ocorreram 3.285, para o ano seguinte.

Não há pesquisas que comprovem a relação, mas especialistas e até o Ministério da Saúde reconhece que há indícios de que ela esteja contribuindo para a queda do procedimento nos hospitais.




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