Palavra do Leitor Titulo Palavra do leitor
A responsabilidade de todos nós
Do Diário do Grande ABC
25/05/2017 | 11:34
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A gravidade do atual momento político brasileiro é inegável, tanto quanto o tamanho dos desafios econômicos e sociais a serem enfrentados e resolvidos. Não há solução fácil ou simplista que dê conta de novo arranjo de forças representativas capazes de promover as ações necessárias para a retomada do crescimento e do emprego, assim como da moralidade nas relações público-privadas. Urgência existe, mas açodamento inevitavelmente nos levaria a cenário de mais incertezas e menos alternativas. Na história não faltam exemplos do quanto voluntarismos ou soluções miraculosas trazem graves e duradouras consequências negativas. 

O radicalismo encontra terreno fértil em conjunturas nebulosas, que só desanuviam com racionalidade e disposição ao diálogo e ao olhar prioritário para as perspectivas futuras, sem vistas grossas ou anistias aos desvios do presente e do passado. É preciso que fiquem claras, de antemão, as diferenças entre acordo e conluio, entre razão e esperteza, entre razoabilidade e displicência. Em suma, não se pode confundir responsabilidade com ambiguidade, licenciosidade. O compromisso com o Brasil que marca a trajetória do PSDB é simples e objetivo: construir País com capacidade de pleno desenvolvimento, traduzido em mais riqueza associada a mais justiça social. Intrínseco a esse processo está a noção do que é República, o cuidado e o respeito com a coisa pública. Não há país desenvolvido com desigualdades de renda e de oportunidades nem com impedimentos burocráticos ou delituosos à livre iniciativa.

Precisamos passar a limpo os casos de corrupção que vieram à luz do dia sem nos lançarmos a aventuras sombrias, fadadas a novos retrocessos que só aumentariam as incertezas e os riscos de sectarismo e abusos. Precisamos perseverar nas reformas de modernização do estado e da atividade produtiva sem abrir mão dos regramentos da Constituição e das leis, nem do compromisso com nova moral política e republicana. Precisamos encontrar o caminho certo para seguir adiante, e não para voltarmos aos obstáculos prévios. A solução que precisa ser construída para o impasse que o Brasil vive, em termos políticos e econômicos, necessariamente precisa contemplar esses dois escopos indissociáveis de uma sociedade como a nossa. A disposição ao diálogo das forças compromissadas com o País, e não com interesses próprios, depende de esforço genuíno e sincero de promover as mudanças no funcionamento do Estado, dos partidos e dos debates públicos. Mais do que apontar defeitos dos outros, é preciso encontrar acertos em comum e que tenham como propósito Brasil mais próspero. A responsabilidade está na mão de todos nós.

José Aníbal é presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela e suplente de senador por São Paulo. 

Palavra do leitor

Melhor período 

 Sou da época da ditadura militar que, para mim, foi o melhor período de minha vida, pois tinha trabalho, recebia o pagamento no dia 10 e, quando chegava o dia do outro pagamento, ainda tinha dinheiro no bolso. Hoje mal recebo e o dinheiro já acabou. Naquela época tínhamos segurança, pois podíamos andar na rua sem que ninguém colocasse revólver em nossa cabeça para assalto. Tínhamos Educação em escolas estaduais, onde, em muitas, como o Américo Brasiliense,em Santo André, existia o pré-vestibular para selecionar os alunos que nela pretendiam estudar. Agora o mais importante: qual governante militar morreu rico?

Mário Rodrigues de Souza

Santo André

Falou comigo!... 

 A leitora deste Diário Elaide Pereira escreveu carta venenosa dizendo que desde as denúncias contra Temer e Aécio não lê mais cartas de ‘certas leitoras’ neste espaço (Caladas, ontem). Explico a ela que eu nunca votei em Lula e Dilma, mas ela sim, e votou no Temer por duas vezes! E que se votei em Aécio, hoje aplaudo a ação da Polícia Federal e espero pela sua prisão. Tal não é, certamente, a atitude dela com relação aos seis processos onde Lula já é réu! 

Mara Montezuma Assaf

 Capital

...comigo!... 

 A leitora Elaide Pereira reclamou neste Diário que sentiu falta das pessoas que pediam o ‘fora, Lula’ e ‘fora, Dilma’. Prezada leitora, de minha parte continuo dizendo ‘fora, Dilma’, ‘fora, Lula’ e ‘fora, Temer’, que foi o que restou do voto que a senhora ajudou a eleger, na chapa Dilma-Temer. Não tenho corrupto preferido. Se meu candidato rouba ou sai da linha está riscado do meu caderno, diferentemente dos petistas, que a todo momento estão à espreita para dar o bote e o golpe no País. Passe bem e obrigada por sentir minha falta. Estou na ativa dependo do editor do jornal para que minha carta seja selecionar e publicada.

Izabel Avallone

 Capital

...e comigo!... 

 A leitora Elaide Pereira que me desculpe, mas quem votou no Temer foram os petistas, por isso ele está lá. Quem votou no Aécio, com certeza já o riscou do seu caderninho. O duro, leitora, é ver o PT, movimentos sociais e esquerdas em geral defenderem diretas já, contra o que diz a nossa Constituição, só para apoiar a ‘volta’ de Lula, malfeitor tão ou pior que os já acusados. Não temos corrupto preferido e queremos ter a chance de retirar todos desta política. Saudações democráticas e não venezuelanas!

Tânia Tavares

 Capital

O pai dos animais. 

 Ledir Bulgarelli é morador da Rua Rio Claro, no bairro Camilópolis, em Santo André. Em frente à sua residência existe enorme espaço pertencente a um condomínio. No local foram plantadas inúmeras árvores. Nesse espaço a Prefeitura instalou pista para caminhada e academia de ginástica ao ar livre. Na madrugada, os primeiros pássaros chegam e logo serão centenas que saudarão o novo amanhecer. Todos os dias, faça sol ou faça chuva, nada impede que Ledir Bulgarelli cumpra a sua rotina. Levanta-se bem cedo e prepara o dejejum das aves. O cardápio é baseado em frutas da melhor qualidade, cortadas na medida certa. Os pássaros esperam pacientemente que a comida seja posta nos delicados comedouros fabricados por ele mesmo e colocados de forma estratégica nos pequenos galhos. Bulgarelli também se dedica a outros animais que eventualmente são abandonados na praça, dando abrigo, alimentando-os e curando suas feridas. Parabéns, ‘pai dos animais’! Sua atitude merece reflexão, respeito e admiração de todos.

Valdir Miguel Francischetti

Santo André




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