Setecidades Titulo Saúde
Sto.André começa a normalizar estoque

Governo espera que até o fim deste mês não
seja mais registrada falta de medicamento na rede

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
12/05/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 As prateleiras das farmácias da rede municipal de Saúde de Santo André começaram a ser reabastecidas ontem com medicamentos que há pelo menos três meses estavam em falta à população – o problema foi noticiado pelo Diário no início da semana. Segundo o prefeito Paulo Serra (PSDB), que acompanhou a reposição na USF (Unidade de Saúde da Família) Jardim Irene, a normalização do estoque em toda a rede ocorrerá ainda neste mês.

“Quando a gente assumiu (a Prefeitura), tinha menos de 20% dos medicamentos e R$ 7 milhões de dívidas há mais de 15 meses. Nossa ideia era resolver isso o mais rapidamente possível, mas tentamos comprar remédio e, com esta situação (do débito), ninguém quis vender. Fizemos três licitações e não apareceu nenhuma empresa”, relatou o chefe do Executivo. “Tivemos de negociar com fornecedores e pagar a dívida, quitada há pouco mais de 20 dias. Chegamos a 30% de abastecimento pouco mais de um mês atrás e, hoje (ontem), já estamos com mais de 50%. A nossa previsão é que até o fim do mês esse estoque chegue a 100%”, completou.

Com o reabastecimento, os munícipes voltam a encontrar os comprimidos Clortalidona, Captopril, Furosemida, Hidroclorotiazida, Losartana (todos para pacientes com hipertensão); Glibenclamida e Metformina 850 mg (para o tratamento de diabetes); Omeprazol (indicado em casos de gastrite e úlceras); além de frascos de Amoxicilina (antibiótico), Albendazol (indicado no tratamento das infecções simples ou mistas causadas por parasitas intestinais) e sais de reidratação oral.

A última vez em que o aposentado Carlos Martins, 54 anos, tinha conseguido encontrar o Captopril na USF Jardim Irene foi em 21 de fevereiro. O também aposentado Angelo Buratim, 67, voltou para casa de mãos vazias por um mês, procurando pelo Losartana. “Cheguei aqui achando que não teria, e fiquei contente em saber que chegou”, celebrou.

A compra dos remédios tem sido feita de acordo com a nova Remume (Relação Municipal de Medicamentos). Segundo a secretária municipal de Saúde, Ana Paula Peña Dias, a lista, que contava com 500 itens, passou a ter 287 após ser revisada. Os fármacos reduzidos, segundo avaliação da administração municipal, não são preconizados pela Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e possuem substitutos terapêuticos já dispensados pela cidade. “A gente avaliou tecnicamente que esses itens (mantidos na lista) são os que vão contemplar as principais doenças da nossa população”, salientou Ana Paula, acrescentando que a redução proporcionou economia de R$ 6 milhões. Por ano, a Prefeitura planeja o investimento de R$ 20 milhões na compra de remédios.

“Temos a ideia de fazer entrega de remédio qualificada e elaborar cartilha de medicamentos para a pessoa ter total ciência daqueles remédios que estarão disponíveis na rede pública, pois não adianta oferecer 500 medicamentos e, na prática, ter sempre 200. Melhor enxugar, sabendo que aqueles que estão ali as pessoas podem contar e vão abastecer mais de 90% dos casos”, frisou Paulo Serra.

 




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