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Avenida dos Estados
perde mais uma faixa
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
07/09/2011 | 07:30
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Mais uma novidade na congestionada Avenida dos Estados tem irritado os motoristas que trafegam pela via diariamente. A obra particular, para instalação de aquaduto, interditou outra pista, em Santo André, próximo à divisa com a Capital, em trecho de 400 metros. Resultado: para os motoristas restou apenas uma faixa, O que já estava ruim ficou pior.

Os canteiros de obras já ocupam duas faixas à esquerda ao longo de sete quilômetros, dentro dos limites de Santo André. O mais recente estreitamento é entre a Avenida da Paz, em Utinga, até o cruzamento com a Rua São José, na Vila Metalúrgica. Ao final da interdição, areia e concreto foram amontoados.

Cansado de usar o carro, o auxiliar administrativo Ronalson Ramos da Silva, 23 anos, que trabalha em uma empresa de logística na avenida, há três meses passou a fazer a pé o trecho de dois quilômetros que separa sua casa do trabalho, no bairro Santa Maria, em São Caetano. "Economizo meia hora caminhando. É perigoso, tem muito caminhão. Preciso ter atenção, mas é bem mais rápido, e ainda me exercito. Só vim duas vezes de carro e desisti. Está impossível. Agora, conseguiram piorar", disse, enquanto desviava do trânsito.

Quem não tem essa opção e precisa utilizar a via para ir à Capital precisa ter paciência ao volante. Enquanto os carros disputam espaço com caminhões, motociclistas se arriscam a cortar caminho pela calçada. Estratégia que pouco adianta, pois logo à frente todos são obrigados a aguardar no semáforo.

Segundo o médico Rafael Marques, 29, que ontem à noite tentava seguir para a Zona Norte da Capital, a interrupção parcial do tráfego na terceira faixa começou há cerca de uma semana. "Faço o trecho de quatro quilômetros em pelo menos uma hora. Essa obra nunca terá fim?", indagou.

A Aquapolo Ambiental, empresa responsável pelas obras, está construindo dutos que levarão água de reúso da Estação de Tratamento de Esgoto, na divisa de São Caetano com a Capital, até o Polo Petroquímico de Capuava, entre Santo André e Mauá.

No fim de agosto, quando o prazo de liberação da via expirou, a empresa informou nova data de término das obras: janeiro. Os trabalhos, que começaram em outubro, tinham inicialmente prazo de seis meses para serem executados.

A companhia atribuiu o atraso às chuvas de verão e às dificuldades imprevistas encontradas no subsolo.

Representantes da Aquapolo Ambiental não foram localizados para explicar a ocupação de parte da terceira faixa da avenida.




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