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Bruno Daniel 'faz água' a cada dois anos
Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
10/02/2009 | 07:00
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Ver as dependências do Estádio Bruno Daniel tomadas pelas águas da chuva, como na noite de sábado, não é uma situação nova para Santo André. Nos últimos 13 anos, o local foi invadido pelo menos seis vezes pelas enchentes. Em cada uma delas, sucede-se a rotina de promessas de melhorias. Mas até agora, quase nada foi feito.

Os vestiários e demais dependências do estádio ficam abaixo do nível da rua e, em caso de cheia do Córrego Guarará - que passa ao lado, na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo -, a enxurrada corre fácil para o interior do Brunão.

A última inundação, quando a água atingiu poucos centímetros, foi considerada light por quem já enfrentou outros dilúvios no local.

Em janeiro de 1996, a água chegou a 2,20 m de altura nos vestiários do clube, destruindo aparelhos de fisioterapia, computadores e outros materiais utilizados pelo Santo André. Além disso, desabrigou a equipe de atletismo, que ficava alojada no Brunão.

No ano seguinte, a enchente veio nos últimos dias de dezembro, quando a equipe de juniores se preparava para a Copa São Paulo. Além do transtorno, a água ainda levou a ceia de Ano-Novo da garotada.

Em janeiro de 2000, durante a Copa São Paulo de Futebol Júnior, as águas voltaram a inundar o estádio. O Santo André jogaria com o América-MG pelas oitavas-de-final e foi necessária a implantação de uma brigada com 15 homens para escoar a água e deixar o local com as mínimas condições de jogo.

Em abril de 2001, o Ramalhão estava em campo, contra o Rio Preto, pelo Paulista da Série A-2, quando desabou o temporal. A forte chuva fez com que a partida fosse interrompida. O Santo André vencia por 1 a 0. No dia seguinte, o jogo foi reiniciado e os visitantes ganharam por 2 a 1.

As inundações deram uma folga de três anos, mas voltaram em fevereiro de 2004, durante um jogo contra o União São João. A chuva forte assustou os 348 torcedores que estavam nas arquibancadas e paralisou a partida por quase duas horas. Mais uma vez os vestiários ficaram cheios de água. Equipamentos de ginástica, alimentos e outros materiais foram mais uma vez perdidos.

Até a estreia do Santo André na Libertadores, em 2005, esteve comprometida pela chuva. As obras de construção das arquibancadas tubulares tiveram de ser paralisadas após forte chuva. A água invadiu o estádio e atingiu 1,5 m de altura em suas partes internas.




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