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Em clima de rebelião, Verdão pega o S.Caetano
Anderson Rodríguez e Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
24/02/2007 | 20:35
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Pagamentos atrasados, seis jogos sem vencer no Campeonato Paulista e próximo de um colapso. Assim está o Palmeiras, que vem neste domingo ao Grande ABC, às 16h (com Globo e Bandeirantes), no Anacleto Campanella, para enfrentar o São Caetano.

A saída de Paulo Baier na última sexta-feira por falta de pagamento abriu um precedente no Verdão. Uma derrota ou até mesmo um empate pode custar muito mais do que três pontos. Pode fazer o alviverde perder o controle sobre o elenco, à beira de uma rebelião.

Por enquanto, a diretoria do Palmeiras garante que a situação está sob controle. Admite o débito com grande parte dos atletas. “Mesmo com a situação sendo colocada a público, precisamos dar uma resposta urgente em campo. Sabemos do momento ruim. A diretoria não está escondendo a verdade (quanto a falta de pagamento dos direitos de imagem, inclusive do treinador). Só uma reação pode melhorar as coisas”, alerta o técnico Caio Júnior.

Com apenas 13 pontos, o Verdão está atrás de Santos, São Paulo e Corinthians e corre sério risco de ficar fora das semifinais do Paulistão, aumentando o jejum de títulos estaduais, que já dura dez anos. E mais: a diretoria tenta motivar o elenco, que não recebe em dia, com promessas futuras.

Para o técnico alviverde, a falta de perspectiva nos cofres do clube não deve influenciar no rendimento da equipe. O problema é convencer jogadores e torcida.

"Seria bom que tudo estivesse em dia. O trabalho seria mais tranqüilo. Mas, acredito, que daqui 20 dias tudo estará sanado e não há o que temer”, afirma Caio Júnior, que tem problemas para escalar o Verdão. Edmundo, Dininho e Amaral estão machucados e Paulo Baier rescindiu o contrato. Alemão, David, Leandro e Wendel serão os substitutos.

Do lado do São Caetano, a situação é justamente oposta. Lá, tudo está azul, a começar pelas finanças. Com pagamentos em dia, cofres cheios a cada negociação para o exterior, o time curte a quarta colocação do Estadual, mesmo depois de ter sido rebaixado para a Série B do Brasileiro, sensação experimentada pelo Verdão em 2002.

Mesmo assim, o time mantém a cautela, principalmente pelo fato de ter sido goleado na última rodada pelo Noroeste. “O Palmeiras é forte. Tem criado muitas chances, mas não tem consiguido fazer os gols. Uma hora a bola vai começar a entrar e espero que isso não aconteça contra a gente. É justamente por isso que temos de ficar atentos”, diz o técnico Dorival Júnior.




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