Na vizinhança, o autor da tentativa de homicídio é conhecido por beber demais e causar problemas. No final do mês passado, ele atirou três vezes contra outro rapaz do bairro, porque ele teria ficado com sua ex-mulher. Desde então, estava foragido.

De acordo com S., ele assistia a um jogo de vôlei, por volta de 16h, quando o criminoso preparava uma caipirinha. Embriagado, Souza partiu para cima da vítima, apenas porque S. teria olhado para ele. “Eu estava vendo o jogo e ele preparando a bebida. De repente, olhou para mim e disse que eu era folgado. Ele disse: ‘O que você está olhando?‘“, contou S. “Um rapaz que estava junto com ele falou para não arrumar confusão, mas não adiantou”, disse.

Temendo uma briga, S. resolveu pegar sua bicicleta e ir para casa. Não contente em ameaçar a vítima, o desempregado resolveu segui-lo até sua casa. Ele invadiu o local e, com a faca que usava para cortar limões, foi para cima de S., que atirou a bicicleta no agressor.

Impedido de matar a facadas o desafeto, Souza optou por chutar o carro do pai de S., um Apolo. Ele acabou dominado por vizinhos, que também haviam chamado a Polícia Militar. Quando uma viatura chegou ao local, Souza conseguiu escapar das pessoas e se embrenhou em um matagal que existe no lugar. Os policiais prenderam Souza em flagrante. Ele foi levado à Cadeia Pública de Ribeirão.

Na madrugada de 29 de junho, o estudante F.D.S., 18 anos, levou um tiro de raspão no cotovelo, dado por Souza. Segundo a família de Santos, Souza é viciado em drogas e já havia feito ameaças de morte. O crime foi motivado pelo fato de Souza acreditar que Santos se envolveu com sua ex-namorada.

Santos foi obrigado por Souza a se ajoelhar, para esperar pelo tiro que o mataria. Com pouca pontaria, no entanto, Souza atirou três vezes e acertou apenas uma, no cotovelo do estudante. Ele foi socorrido ao Hospital Nardini, em Mauá, e recebeu alta no mesmo dia. Desde então, o desempregado estava foragido.

De acordo com S., Souza é conhecido na vizinhança pela freqüência com que arruma confusões. “Por exemplo, eu fui vítima de uma agressão de graça. Eu não tinha feito nada para ele”, disse.