Toda esta diversidade de Carlinhos Brown está em seu mais novo trabalho, Bahia do Mundo – Mito e Verdade (EMI, R$ 22 em média). O single Crendice é o carro-chefe do álbum e faz parte da trilha pop junto com Mil Verões.
Para a alegria dos foliões, que vibram com o hit Água Mineral, três músicas têm tom carnavalesco: Vai Rolar, Horário de Verão e Trabalhador de Carnaval, esta última com um leve ritmo caribenho.
As influências da MPB, que Brown acompanhou bem de perto, são evidentes em Lagoinha, Cavalo da Simpatia, Vilões Satisfeitos e Senhora, que recebeu arranjos de Jaques Morelenbaum. O reggae jamaicano aparece em Mess in the Freeway, faixa cantada em inglês com um patético sotaque baiano.
Brown usa até elementos da música árabe, como em Cearebe, que soa incompreensível, e Shalon, na qual ele utiliza sons ambientais de uma mesquita mulçumana, gravados em Belém, Israel, em setembro de 2000.
Todo disco é um desfile do cantor, compositor, produtor e percussionista baiano. Ele toca tudo: timbales, timbaus, bongôs, congas, surdos, triângulos e pandeiros. Entendam-no ou não, o baiano Carlinhos Brown e suas esquisitices se tornaram, de alguma forma, indispensáveis para a música nacional.
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