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Aliados criticam falta de articulação de Mário Reali
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
30/08/2011 | 07:35
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A falta de discussão do projeto que regulamenta baile funk - conhecido pelos frequentadores como pancadão - em Diadema deflagrou insatisfações na base governista do prefeito Mário Reali (PT). Vereadores reclamaram da inclusão do texto na Câmara sem debates prévios e questionaram a articulação feita pela administração petista. O principal alvo foi o chefe de Gabinete, Osvaldo Misso (PT).

A ausência de Misso nas sessões e o canal restrito com o articulador do governo são críticas recorrentes de parlamentares situacionistas. O Executivo promove reuniões mensais do bloco governista com secretários, o que não evitou ruídos no canal de diálogo, principalmente com relação à proposta de regularização dos pancadões.

Por enquanto, pequenas crises de relacionamento não têm afetado as votações na Casa. A Prefeitura conseguiu emplacar projetos considerados polêmicos, como a privatização da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) e a fusão da Saned com a Sabesp. Mas o cenário pode mudar, pois siglas aliadas articulam mais espaço no governo caso Reali seja reeleito.

Na avaliação de alguns vereadores, o líder de governo, Orlando Vitoriano (PT), fica sobrecarregado sem a presença efetiva de Misso nas sessões. "É um cargo altamente insalubre", comentou um parlamentar, que não quis se identificar. "O prefeito está autoconfiante, porque a Câmara sempre tem votado a favor dele. Mas a situação pode mudar", disse outro vereador.

Para Vitoriano, não há canal fechado do Executivo com o Legislativo. Segundo petista, o secretariado de Reali firmou compromisso com os vereadores e tem atendido todas as demandas. "Eu até nem sou tanto exigido porque o governo faz essa articulação", garante.

A equipe do Diário ligou para Misso, que não atendeu sos telefonemas.

 

COMPARAÇÃO

Se em Diadema a articulação é colocada em xeque, em outras cidades do Grande ABC é possível ver os responsáveis pela ponte entre Prefeitura e Câmara constantemente nos Legislativos. Muitas vezes os designados para exercer a função colhem os pedidos dos vereadores durante as sessões.

Em Santo André, o secretário de Gabinete e de Saúde, Nilson Bonome (PMDB), sempre acompanha in loco os trabalhos na Câmara. Em algumas oportunidades, desata nós que poderiam travar votações na Casa. Em São Bernardo, o ex-prefeito Maurício Soares (PT) foi conduzido ao posto de secretário de Governo após o prefeito Luiz Marinho (PT) ter enfrentado dificuldades no início de seu mandato.




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