Na primeira grande decisão do ano, Verdão
tem como objetivo, e única alternativa, reagir
A festa da torcida do lado de fora da Academia de Futebol, nesta sexta-feira, e a intensa procura por ingressos para o jogo do Palmeiras com a Ponte Preta, neste sábado, às 19 horas, no Allianz Parque, fazem o time de Eduardo Baptista acreditar na possibilidade de reverter marcador adverso de 3 a 0 sofrido em Campinas no jogo de ida de uma das semifinais do Paulistão. Essa equipe considera a mobilização como chance de entrar para a história.
Na primeira grande decisão do ano, o Palmeiras tem como objetivo, e única alternativa, reagir. O time se preparou durante a semana somente com treinos fechados enquanto a torcida fez replicar nas redes sociais a ?#Ateoapitofinal? para demonstrar a confiança no elenco. Alguns jogadores repetiram a mensagem nos seus perfis.
Nesta sexta-feira, no último treinamento antes do jogo, o apoio foi mais evidente, com a presença de 500 torcedores do lado de fora da Academia de Futebol. Os palmeirenses levaram bandeiras, acenderam sinalizadores (na rua pode), cantaram e fizeram foguetório para incentivar a equipe. A mobilização começou por volta do meio-dia, bem antes do treino das 15h30.
Alguns torcedores com camisas de organizadas entraram no centro de treinamento para conversar e dar apoio a jogadores, técnico e diretoria. O grupo foi recebido por atletas como Fernando Prass, Borja, Felipe Melo e Dudu, além do diretor de futebol do clube, Alexandre Mattos.
A mobilização também foi grande para comprar ingressos. Até esta sexta-feira haviam sido vendidas 36 mil entradas. "É algo que, se a gente conseguir, vai entrar para a história. Não sei qual será o resultado da partida, mas a torcida vai sair do estádio com muito orgulho da gente", resumiu o goleiro Fernando Prass.
A necessidade de fazer diferença de pelo menos três gols para levar a disputa aos pênaltis não deve promover modificações radicais na escalação. Segundo o técnico Eduardo Baptista, a formação será parecida à usada na derrota no Moisés Lucarelli, em Campinas, com ajustes. A cobrança é para o Palmeiras fazer pressão no adversário desde os minutos iniciais. A despeito da motivação palmeirense, não será fácil se classificar.
A Ponte não perde para o Palmeiras há seis jogos e é um dos poucos rivais a não ter sido derrotado no Allianz. Na arena, o time de Campinas conseguiu uma vitória e dois empates. No último jogo de pré-temporada, em janeiro, empate por 1 a 1.
MEMÓRIA - A decisão no Allianz Parque coincide com uma data histórica para o clube. Nesta sexta-feira, o Palmeiras completou 100 anos de seu primeiro jogo disputado no local. Em 1917, o time estreou no antigo Palestra Itália derrotando o extinto Internacional paulista por um placar bastante sugestivo para tentar repetir neste sábado e chegar à final: 5 a 1.
PONTE COM OS PÉS NO CHÃO - Com a boa vantagem conquistada em casa , a Ponte já tem a fórmula para evitar uma virada palmeirense no Allianz Parque e chegar à final do Paulistão: manter os pés no chão e mostrar a mesma atitude e competência que a levaram à vitória no primeiro confronto das semifinais. Nesta noite de sábado o time pode perder até por dois gols de diferença.
"Nós construímos essa vantagem com muita personalidade. O segredo é fazer o simples e ter consistência. Lá no campo deles, vamos sofrer forte pressão e teremos a torcida contra. Mas é necessário superar tudo isso para chegar na final, então vamos atrás deste objetivo", disse o técnico Gilson Kleina, que comandou um treino fechado nesta sexta-feira.
O técnico lembrou que seus jogadores mantiveram o foco desde o início das semifinais. Só existe uma dúvida na equipe, na lateral esquerda. Antes improvisado na função, Reynaldo não pode jogar por ter recebido o terceiro amarelo. "Testei duas possibilidades. Uma reforçando a marcação e outra jogando mais aberto", disse Kleina, que deve escolher Nino Paraíba.
O jogador se recuperou de uma lesão muscular sofrida no jogo de volta contra o Santos, nas quartas de final, no Pacaembu. Ele pode tanto ser improvisado na esquerda, como entrar na direita e empurrar Jeferson para o outro lado. O meia Renato Cajá, também recuperado de lesão, mas ainda fora da forma ideal, volta a ser opção para o segundo tempo.
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