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Equipe brasileira treina forte para a Copa Davis
Do Diário do Grande ABC
12/07/1999 | 16:35
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O ritmo dos treinamentos da equipe brasileira da Copa Davis está forte. A calma e tranqüilidade do lugar em que os brasileiros estao hospedados, quase uma beira da estrada, da já normalmente pacata cidade de Pau, sudoeste da França, favorece o esquema de concentraçao dos jogadores. Com horas de horas de quadra, a evoluçao técnica tem sido animadora, como diz o capitao do Brasil, Ricardo Acioly.

"Os jogadores estao conseguindo excelentes resultados nesta fase de treinamento", garante Acioly. "O Guga está forte no saque e nos seus golpes, o Meligeni também progrediu bastante sua adaptaçao às quadras rápidas e está com uma devoluçao de serviço muito boa."

A rotina intensa de treinos e a distância de tudo, em Pau, nao foi suficiente para afastar os tenistas brasileiros da lembrança de 1 ano da perda da Copa do Mundo para a França. Os jogadores preferiram falar da Copa América e a vitória sobre a Argentina, como uma forma de driblar a derrota brasileira, mas o técnico Ricardo Acioly encontrou uma boa saída para enfatizar o clima festivo dos franceses.

"Na Copa do Mundo o Brasil era favorito e acabou perdendo", disse. "Agora, os franceses sao os favoritos na Copa Davis e, quem sabe, nao irao perder".

A rivalidade já começa a ficar mais acentuada com a proximidade dos jogos. Brasileiros e franceses estao no mesmo hotel e, velhos conhecidos de circuito, os jogadores sao cordiais uns com os outros, mas pouco se encontram e conversam.

A torcida também promete esquentar ainda mais a atmosfera. Os 7,5 mil ingressos para o primeiro dia de jogos já estao praticamente vendidos, num ginásio com domínio absoluto de franceses. Os brasileiros em Pau nao deverao ser mais do que 100.

O vice-presidente da Confederaçao Brasileira de Tênis, Carlos Alberto Martelotti, informou que, no Brasil, só foram vendidos pouco mais de 50 ingressos (pacotes para três dias), mas acredita ver outros brasileiros em Pau, talvez, alcançando o total de 100.

"A torcida aumenta o favoritismo dos franceses", adverte Acioly. "O ginásio é muito grande e dá idéia que poderia acomodar muito mais pessoas, e os torcedores devem também pressionar muito seus jogadores." Acioly, porém, lembra que os tenistas brasileiros já estao experientes em jogos da Copa Davis e nao deverao se perturbar com os torcedores. Tanto Gustavo Kuerten, como Fernando Meligeni, e mais ainda Jaime Oncins, passaram por experiências marcantes em confrontos da Davis.

Os treinos e, consequentemente, os acertos nas principais jogadas das quadras rápidas, como saque, devoluçao, voleios e passadas, também ajudam ao time brasileiro a ganhar confiança. Acioly conseguiu levar para Pau um bom número de jogadores. Além da equipe formada por Guga, Meligeni, Oncins e André Sá, estao também Flávio Saretta e Adriano Ferreira (que chegou nesta segunda-feira), ajudando nos treinamentos. Assim, o grupo de brasileiros pode dividir-se em dois, usando a quadra principal e uma outra só para treinamentos.

"Este ritmo de treinos seguirá até quarta-feira", contou Acioly. "Depois, diminui bem, já com a proximidade dos jogos."

Enquanto isso, a equipe francesa já se mostra um pouco mais descontraída. Alguns jogadores, como Sebastian Grosjean, Fabrice Santoro e Olivier DeLaitre estiveram domingo na praia de Biarritz, a 100 quilômetros de Pau. O único que passou o dia treinando foi Cedric Pioline. Guillaume Raoux está confirmado como reserva e vem ajudando o técnico Guy Forget nos treinamentos.




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