Um casal foi assassinado com quatro tiros perto da casa de uma das vítimas anteontem à noite no Jardim Inamar, em Diadema. O motivo do crime é uma incógnita para a família dos mortos. Ninguém foi preso.

Foram executados na Travessa Tieta do Agreste o soldador Valdivino Gama Duarte, 39 anos, e a ajudante Elisângela Oliveira de Almeida, 25. Cada um foi atingido com dois tiros.

O casal foi morto às 19h30, logo após sair da residência onde Elisângela morava. Eles tinham uma filha recém-nascida, com dois meses de idade.

Duarte era casado com outra mulher. De acordo com seus familiares, o soldador teve um breve relacionamento com Elisângela, que ficou grávida. Segundo esses parentes, a mulher de Duarte foi informada da situação pelo marido.

Peritos do IC (Instituto de Criminalística) encontraram no local do duplo assassinato dois projéteis e duas cápsulas deflagradas, além dos dois celulares das vítimas.

"Antes de saírem, eles deixaram a filha em casa, com a minha mãe. Poucos minutos depois foram baleados. Não temos a menor idéia da razão do crime", afirmou o irmão de Elisângela, o técnico em eletrônica Robson Oliveira, 27 anos.

"Ela nunca teve problema com ninguém e nunca ficou presa. Meu pai, que tem problemas renais, foi parar no hospital quando recebeu a notícia", disse o técnico em eletrônica. Além da filha recém-nascida, Elisângela tinha outros três filhos.

"Não sabemos ainda quem fez essa barbaridade. O Duarte foi na minha casa pela manhã e disse que iria visitar a filha à noite. Ele nunca teve problemas com a polícia e era trabalhador", falou o cunhado do soldador, o ajudante Carlos Roberto de Paula, 33 anos. Duarte também tinha outros três filhos.

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios do município. Entre janeiro e março deste ano, 23 pessoas foram assassinadas em Diadema, segundo a Secretaria de Segurança Pública. O quadro representa um acréscimo de 43,75% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ocorreram 16 mortes.