Política Titulo Diadema
CPI da Contex segue emperrada na presidência da Câmara

Jurídico já deu aval para investigação, mas grupo ainda não foi instalado

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
14/04/2017 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A instauração da CPI que investigará contratos do governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), sem licitação, com a construtora Contex, cujo proprietário é ligado a políticos próximos do verde, segue empacada no gabinete da presidência da Câmara.

O setor jurídico da Casa, chefiado por Roberto Viola, já deu aval para que a comissão seja instalada, mas a apreciação do requerimento que dá início das investigações deve ficar para a próxima sessão, na quinta-feira.

A expectativa era de que a permissão do jurídico fosse lida ontem, no entanto, segundo o presidente do Legislativo, Marcos Michels (PSB), o documento não passou na sessão de ontem porque o bloco PPS/DEM, liderado pelo oposicionista Companheiro Sérgio (PPS), não indicou representante para a comissão.

A bancada PT/PR/PRB já designou o petista Orlando Vitoriano, que deve brigar pela relatoria, e Cícero Antônio da Silva, o Cicinho (PRB), que presidirá os trabalhos. Pelos governistas, o PV incumbiu Talabi Fahel a integrar as apurações, enquanto o PSB escolheu Sérgio Mano.

Na semana passada, o oposicionista Josa Queiroz (PT) já havia reclamado da morosidade da abertura das CPIs. Para o petista, os prazos regimentais estão sendo esgotados pela Casa a fim de postergar o começo das investigações.

Após um mês de tramitação, a CPI que irá averiguar acordos celebrados, também sem concorrência, pela gestão Lauro com construtora situada nos fundos de um cortiço na periferia da cidade, a Mendonça e Silva, foi implantada somente na quinta-feira. Os contratos, feitos por meio de carta-convite, previam reforma em escolas municipais e, juntos, somam quase R$ 1 milhão. A primeira reunião do grupo ocorrerá na segunda-feira.

Já esta segunda comissão vai apurar contratos do Paço com a empresa Azyal Construções Civis, também conhecida como Contex. A suspeita é de que a firma seja fantasma e os serviços pelos quais foi contratada – reforma em telhados de ginásios municipais – não foram executados. Para completar, a companhia é de propriedade de Jerri de Souza, filiado a um dos principais partidos aliados de Lauro, o PSDB. O tucano também foi cabo-eleitoral do ex-vereador José Dourado (PSDB), que foi líder do governo do verde no Legislativo.

Marcos nega que esteja atrasando os trabalhos. 




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