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EUA querem expandir exportaçoes de queijo para o Brasil
Do Diário do Grande ABC
14/06/2000 | 16:57
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O maior produtor de leite do mundo quer conquistar o Brasil com seus queijos. Os Estados Unidos participam pela primeira vez da 16ª Fispal - Feira Internacional de Alimentos - e os fabricantes que ocupam a 15ª posiçao no ranking de exportadores do produto, esperam para este ano, um crescimento no volume de vendas para o mercado brasileiro em torno de 5%.

Desde que o Brasil abriu seu mercado aos importados dos tipos Cheddar e Cream Chesse, eles vêm ganhando o paladar do brasileiro. Para os padroes americanos, no entanto, a participaçao no mercado brasileiro precisa crescer mais.

Há dois anos os americanos produziram 3.460 toneladas de queijo com acréscimo de 5% no ano passado. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, cerca de 12% da produçao é exportada para diversos países do mundo. No mercado brasileiro, o queijo americano representa 7% do total importado. "A expectativa para este ano é de que o número aumente 5%", afirma Regi Hife, chefe do Comitê de Queijos dos Estados Unidos. Segundo ele, já foram fechados negócios durante a Fispal com os cinco maiores importadores brasileiros. "A partir de setembro, uma gama maior de queijos americanos estará no mercado", afirma.

Dados da Associaçao Brasileira de Queijos (Abiq) apontam que o Brasil importou próximo a 20 mil toneladas do produto no ano passado, o equivalente a US$44,5 milhoes. A Argentina é o país que mais vende queijos para o Brasil, seguida do Chile e Uruguai. Dessa regiao vêm os tipos mussarela e prato. A Itália, que ocupa o 9º lugar entre os países exportadores de queijo para o Brasil, oferece o parmesao. Os queijos de mesa vêm da França, Holanda e Dinamarca.

Os Estados Unidos exportam para o Brasil alguns tipos especiais que servem como matéria prima para a indústria alimentícia. Entre eles, o queijo Pó, queijo ralado congelado individualmente e aqueles resistentes à alta temperatura.

O Brasil ainda tem um consumo muito baixo de queijo. Enquanto o brasileiro consome 3 kg/ano, os americanos consomem 15 kg/ano. Segundo Hife, aquele país fabrica 350 tipos de queijos diferentes. No ano passado foram produzidas 76,2 bilhoes de litros de leite no mercado americano.

Os Estados Unidos contam com o apoio da USDEC - U.S. Dairy Export Council. Trata-se de uma associaçao independente que visa apoiar as indústrias de produtos lácteos dos Estados Unidos na ampliaçao de seu mercado consumidor a nível internacional. A entidade representa mais de 80% da produçao nacional de leite dos Estados Unidos, contando com mais de 70 empresas, que vao desde cooperativas leiteiras, indústrias de laticínios e produtos lácteos até empresas de exportaçao. O objetivo é promover produtos como leite em pó, soro de leite, lactose e concentrados protéicos, além das mais de 300 variedades de queijos. A Dairy é responsável pela apresentaçao e divulgaçao dos produtos lácteos americanos no mundo, presente em sete países inclusive no Brasil.

Os Estados Unidos contam com mais de 800 fabricantes e fornecedores de leite e derivados, sendo o queijo o segundo produto mais exportado, perdendo apenas para a manteiga. A Fispal, que começou no dia 13 e vai até o próximo dia 16, funciona das 10h às 19h, e deve gerar uma receita da ordem de R$3,2 bilhoes.




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