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Cidades devem aderir a estudo de integração viária do Estado
Juliana de Sordi Gattone e Miriam Gimenes
04/09/2006 | 23:09
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Os municípios do Grande ABC deverão reconhecer o Sivim (Sistema Viário de Interesse Metropolitano)em breve. O projeto estadual elenca as vias que possibilitam a interligação entre as regiões metropolitanas. Segunda-feira, durante reunião do Consórcio Intermunicipal, os prefeitos deliberaram que cada administração terá autonomia para decidir a melhor maneira de adesão: projeto de lei ou decreto.

O estudo, desenvolvido pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), foi criado em 1997, mas somente em março um decreto do governador reconheceu o sistema. Além do Grande ABC, a Baixada Santista e a Região Metropolitana de Campinas integram o sistema. “As prefeituras serão procuradas para decidir ações conjuntas”, explica o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, William Dib (PSB).

Segundo o presidente da EMTU, Joaquim Lopes da Silva Júnior, o Sivim já identificou 2,8 mil quilômetros de vias na Grande São Paulo, 1,2 mil quilômetros, na região de Campinas e 500 quilômetros na Baixada Santista. “Só na região Sudeste, que inclui o Grande ABC, foram detectadas 86 intervenções. Se houvesse verba para todas elas, seriam R$ 586 milhões de investimento”, contabiliza.

Agora, o próximo passo da EMTU é desenvolver indicadores de desempenho para avaliar as melhorias de cada intervenção e comparar se a avaliação dos municípios é a mesma do Sivim quanto às vias classificadas como de interesse metropolitano. “Só então nos reuniremos com os prefeitos para definir prioridades e estratégias de execução.”

No entanto, o estudo deve ser concluído apenas no fim do ano. “Mas o projeto é para 10 anos e o próximo governo deverá mantê-lo”, afirma.

Pauta – Os prefeitos decidiram não participar dos Jogos Sul-Americanos. “A região atravessa dificuldade econômica e são dez mil dólares para se credenciar”, revela Dib.

Já a reciclagem de resíduos sólidos será assunto para o ano que vem. “Não vamos fazer demagogia em época eleitoral”, justificou Dib que, no entanto, adiantou que o projeto consiste em fazer “justiça tributária”. “Queremos pedir ao governo do Estado a redução de ICMS cobrado pelos resíduos sólidos na construção civil”, avisou. Para ele, é situação de disparidade cobrar apenas 4% de quem pega a areia bruta e 18% de quem a transforma em produto, gastando energia e mão de obra.

Os prefeitos também debateram a possibilidade de criar uma escola de treinamento para servidores públicos.



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