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Crack e prostituição infantil na estrada
07/10/2010 | 07:14
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Nas rodovias por onde passa grande parte da riqueza do Brasil, também estão meninos e meninas vendendo seus corpos para sobreviver, satisfazer vícios ou enriquecer aliciadores. As estradas federais paulistas apresentam um ponto de exploração sexual infantil a cada 11,2 quilômetros - o pior índice entre os Estados, segundo levantamento da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Para verificar o problema, a reportagem percorreu as três principais rodovias federais que cortam o Estado: Régis Bittencourt, Fernão Dias e Dutra. Há pontos que apresentam o problema há pelo menos sete anos, quando a PRF realizou o primeiro mapeamento.

Numa via próxima a um posto de gasolina em Lorena, no Vale do Paraíba, crianças esperam caminhoneiros na beira da pista, ao lado de uma grande rede de restaurantes. Com o dinheiro, vão para um galpão abandonado ao lado - o mesmo que utilizam há anos - para consumir crack. "Faço o que quero com o meu corpo", disse uma menina de 1,50 metro, de saia surrada e rosto de criança - não aparentava ter mais de 15.

O estudo da PRF apontou a existência de 1.820 focos onde há essa prática ao longo dos 66 mil quilômetros da malha federal. Houve pouca variação em relação ao levantamento de 2007, quando foram registrados 1.819 pontos. "Verificamos migração entre os pontos, indicando que o enfrentamento ainda não é eficaz", disse o inspetor da PRF Moisés Dionísio da Silva. "Mas o mapeamento servirá para definir prioridades de fiscalização e políticas públicas." A polícia identificou como pontos de exploração postos de gasolina, boates na beira das rodovias, bares e até acessos às cidades.




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