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De ‘breque de mão puxado’, Brasil faz o mínimo e empata
Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
09/10/2005 | 19:04
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De um lado, o Brasil já classificado. De outro, a eliminada Bolívia. O ambiente no estádio Hernando Siles estava mesmo adequado ao empate – 1 a 1, domingo à tarde, em La Paz – em um dos confrontos das eliminatórias sul-americanas para o Mundial-2006 na Alemanha. O encerramento será na quarta-feira, às 21h30, em Belém do Pará, diante da Venezuela. Juninho Pernambucano – de falta, aos 23 minutos – abriu a contagem na fase inicial. No segundo tempo, Castillo – de cabeça, aos quatro – igualou o placar, ao se aproveitar dos vacilos da zaga brasileira.

Apenas um detalhe ajudou a quebrar um pouco da monotonia do treino de luxo dos pentacampeões do mundo: a festa dos torcedores bolivianos e brasileiros presentes no estádio Hermano Siles, que insistiam em gritar “pedala, Robinho”. É verdade que o atacante pouco mostrou ao lado de Adriano. Só que as habituais firulas do Reizinho do Real Madrid embalaram um show particular.

Além de Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, as duas maiores estrelas do grupo, o Brasil ainda entrou em campo sem os titulares Dida, Cafu, Juan, Lúcio, Roberto Carlos, Emerson e Kaká. Carlos Alberto Parreira já havia antecipado a receita. Segundo ele, a bola é que deveria rolar. Queria que o time diminuísse os espaços, ficasse mais agrupado e não abusasse da velocidade. Assim, a equipe não cometeria desgastes desnecessários. Afinal, o velho fantasma da altitude o preocupava. Seria fundamental controlar o fôlego.

Na prática, o Brasil levou as palavras do comandante ao pé da letra. Tanto é que a seleção andou de breque puxado e quase não se arriscou. Houve, é claro, situações isoladas que alteravam momentaneamente a cansativa rotina. Se os ilustres visitantes do país do futebol pareciam desinteressados no penúltimo compromisso da tabela, a Bolívia – ao ritmo de uma descontraída e animada torcida – até que se esforçava para compensar as indisfarçáveis deficiências técnicas dos anfitriões. Surgiram chances iguais – desperdiçadas lá e cá. Só que ninguém merecia ganhar. O 1 a 1 ficou na medida exata de um joguinho sem nenhuma importância.




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