Em julho deste ano, a arquidiocese de Portland (Oregon, noroeste) foi a primeira a se declarar em falência para enfrentar ações de vítimas de abuso sexual por parte de sacerdotes.
A arquidiocese de Tucson solicitou a aplicação da lei de falência, o que "representa a melhor oportunidade de sanar e compensar de maneira justa aqueles que sofreram abuso sexual por parte de trabalhadores de sua diocese", escreveu o bispo Gerald Kicanas, em carta dirigida a seus paroquianos.
Em uma segunda mensagem, dirigida às vítimas de abuso sexual, o bispo disse que pedia desculpas pelas atrocidades cometidas. Ele também assegurou que, com essa medida, a arquidiocese não estava tentando evitar as responsabilidades econômicas em relação aos demandantes.
"Quero que saibam que não tomei esta decisão para evitar a responsabilidade do que aconteceu com vocês, ou que tento esconder algo", escreveu o bispo.
Em 2002, a diocese de Tucson fez um acordo com dez homens que alegaram ter sido vítimas de abuso sexual dos sacerdotes locais durante os anos 60, 70 e 80. A soma do acordo não foi revelada, mas especialistas legais estimam que o valor pode ter chegado a US$ 16 milhões.
O acordo de 2002 "comprometeu os recursos da diocese e a colocou em séria situação financeira", escreveu Kicanas. "Deus nos guiará neste difícil período".
Muitos críticos alegam que, com esta decisão, a arquidiocese tenta pelo menos postergar acordos financeiros com as supostas vítimas.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.