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Igreja de Tucson pede falência diante de casos de pedofilia
Da AFP
20/09/2004 | 20:58
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A arquidiocese de Tucson (Arizona) tornou-se, nesta segunda-feira, a segunda nos Estados Unidos a apelar para a lei de falência, depois de ter sido bombardeada nos últimos anos por ações legais de vítimas de abuso sexual por parte de sacerdotes.

Em julho deste ano, a arquidiocese de Portland (Oregon, noroeste) foi a primeira a se declarar em falência para enfrentar ações de vítimas de abuso sexual por parte de sacerdotes.

A arquidiocese de Tucson solicitou a aplicação da lei de falência, o que "representa a melhor oportunidade de sanar e compensar de maneira justa aqueles que sofreram abuso sexual por parte de trabalhadores de sua diocese", escreveu o bispo Gerald Kicanas, em carta dirigida a seus paroquianos.

Em uma segunda mensagem, dirigida às vítimas de abuso sexual, o bispo disse que pedia desculpas pelas atrocidades cometidas. Ele também assegurou que, com essa medida, a arquidiocese não estava tentando evitar as responsabilidades econômicas em relação aos demandantes.

"Quero que saibam que não tomei esta decisão para evitar a responsabilidade do que aconteceu com vocês, ou que tento esconder algo", escreveu o bispo.

Em 2002, a diocese de Tucson fez um acordo com dez homens que alegaram ter sido vítimas de abuso sexual dos sacerdotes locais durante os anos 60, 70 e 80. A soma do acordo não foi revelada, mas especialistas legais estimam que o valor pode ter chegado a US$ 16 milhões.

O acordo de 2002 "comprometeu os recursos da diocese e a colocou em séria situação financeira", escreveu Kicanas. "Deus nos guiará neste difícil período".

Muitos críticos alegam que, com esta decisão, a arquidiocese tenta pelo menos postergar acordos financeiros com as supostas vítimas.




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