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Obama nomeia Bernanke para segundo mandato no BC dos Estados Unidos
Da AFP
25/08/2009 | 10:24
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AFP


O presidente Barack Obama confirmou nesta terça-feira o nome de Ben Bernanke para um segundo mandato consecutivo à frente do Fed (Federal Reserve), o banco central norte-americano.

"Bernanke soube dirigir o Fed no meio de uma das piores crises financeiras que este país e o mundo já viram", declarou Obama, em sua residência de férias no luxuoso balneário da ilha de Martha's Vineyard, em Massachusetts (nordeste dos EUA), para explicar suas escolhas.

Como especialista da Grande Depressão dos anos 1930 e graças à sua determinação, sua coragem e criatividade, Bernanke é o homem ideal para recolocar os EUA nos trilhos da prosperidade, afirmou o presidente. "É por esta razão que eu o nomeio para um novo mandato à frente do Federal Reserve", enfatizou o presidente.

Aproveitando a ocasião do anúncio, Obama afirmou a economia ainda tem "um longo caminho" antes de sua completa recuperação. "Como já disse antes, estamos longe de um sistema financeiro completamente saneado e de uma recuperação econômica completa".

Escolha – A confirmação de Bernanke no principal cargo do Fed mostra a que ponto ele, na linha de frente na luta contra a crise nos EUA, ganhou a confiança do presidente Obama, que pensava em se livrar deste economista de 55 anos, que foi conselheiro do republicano George W. Bush.

Este último foi quem nomeou Bernanke para a presidência do banco central para um mandato de quatro anos, que expira no fim de janeiro de 2010.

Mas Obama elogiou em junho o trabalho extraordinário e os bons resultados deste ex-aluno de Harvard e doutor do MIT (Instituto tecnológico de Massachusetts), abrindo assim caminho para sua recondução a um novo mandato.

Momento crucial – O momento escolhido para este anúncio, ou seja, de expectativa de retomada econômica nos EUA daqui até o fim do mês de setembro, se é que ela já não começou, deve tranquilizar os mercados e os investidores.

Como o banco central americano é, pelo menos em teoria, independente do governo na conduta de sua política, seu presidente tem mais chances de sobreviver às mudanças políticas à frente do país, sobretudo em tempos de crise, ou se a escolha da conduta de sua política monetária apresenta uma certa lógica.

Antes de Bernanke, três de seus quatro predecessores que chegaram ao fim de seu primeiro mandato desde 1951 foram reconduzidos por um presidente do campo oposto ao partido do que lhes haviam nomeado.

Com a capacidade do banco central de desbloquear bilhões de dólares da noite para o dia sem precisar consultar o Congresso, o presidente do Fed é sempre apresentado como a pessoa mais poderosa dos EUA, depois do presidente americano.

Bernanke deve, no entanto, obter confirmação de sua recondução por um voto no Senado, onde seus opositores, principalmente republicanos, que o condenam por ter abandonado os princípios da economia de mercado não deixando os grandes bancos falires, não devem poupá-lo.




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