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Briga de vizinhos tem fim trágico no Jardim Zaíra
Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
20/03/2012 | 08:20
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Uma discussão entre vizinhos e a suspeita de que roupas do varal estavam sendo roubadas fizeram o filho ser morto e o pai baleado no pescoço durante briga na madrugada de domingo no Jardim Zaíra 4, em Mauá. O acusado de ser o responsável pelos crimes teve a casa incendiada por populares e familiares das vítimas.

Há cerca de um mês, Felipe Neves da Silva, 19 anos, mudou-se com a mulher para uma casa no bairro. No mesmo período, Gerônimo Grigório de Oliveira, 48, há aproximadamente oito meses no local, passou a hospedar casal amigo. Os vizinhos começaram a reclamar do uso contínuo de drogas no portão e do sumiço de roupas no varal.

O sábado foi o estopim para Silva. Acompanhando as reclamações diárias da mulher, ouviu barulho durante a madrugada e viu uma mulher no seu quintal. A identificou como a hóspede do vizinho e esperou o dia amanhecer para cobrar explicações. Foi recebido a palavrões pela acusada.

À noite, quando se preparava para ir a um casamento, Silva recebeu telefonema da mulher. Oliveira estava em seu portão com mais dois comparsas, um deles armado com um facão. Dez pessoas, entre parentes e vizinhos, foram ver o que estava acontecendo. A discussão foi inevitável e o desfecho, trágico para os envolvidos.

Irritado, Oliveira, chamado de Baianinho na comunidade, sacou um revólver calibre 38 e passou a atirar, exigindo que todos se deitassem no chão. Uma das balas pegou o pescoço do pai de Silva, Isaías de Souza da Silva, 45, que caiu ferido. Irritado, ele partiu para cima do atirador, que disparou à queima-roupa.

Na vizinhança pouco se sabe sobre Oliveira e o casal que hospedou. "Ele chegava do trabalho e já ia para dentro", disse uma vizinha. Após o ocorrido, o medo impediu as pessoas de apontarem se de fato aconteciam os furtos aos varais e o uso de drogas, tampouco quem é responsável pelo incêndio. "Só percebi que estava queimando porque o botijão (de gás) explodiu", disse um morador local.

Oliveira está foragido, assim como o casal. Silva foi enterrado ontem, na cidade. Os parentes cooperam com a investigação do 4º DP (Jardim Zaíra). O pai permanece internado no Hospital Nardini e passaria por cirurgia no local atingido.

O delegado José Carlos de Melo, responsável pela apuração, ainda não pediu a prisão preventiva do suspeito, pois quer estudar todas as possibilidades possíveis do caso. "Me parece que é o desfecho de uma briga, um momento de ignorância de ambas as partes que precisa ser melhor avaliado", disse.




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