Setecidades Titulo 58 anos de Ribeirão
Protesto por salário marca festa
Angela Martins
Do Diário do Grande ABC
20/03/2012 | 08:18
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Um protesto do Sineduc (Sindicato dos Trabalhadores na Educação Municipal) de Ribeirão Pires atrapalhou o desfile cívico em comemoração aos 58 anos da cidade, realizado na manhã de ontem, na antiga rodoviária. Logo no início da festa, duas sindicalistas empunharam faixa lembrando que a Prefeitura ainda não cumpre a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público. Cerca de 35 profissionais da Educação participaram do ato contra a Prefeitura.

"Ribeirão Pires tem um dos melhores ensinos de São Paulo, não graças à administração, mas devido ao esforço dos nossos professores, que trabalham com salários abaixo do piso nacional", reclama a presidente do Sineduc, Perla de Farias. O piso salarial definido por lei federal para jornada de 40 horas semanais é de R$ 1.451. Na cidade, o professor formado em Ensino Superior tem salário de R$ 1.424,98. O gasto extra anual para a Prefeitura será de R$ 2.563.452,22. De acordo com a secretária de Educação e Inclusão, Rosi Ribeiro de Marco, o reajuste passa agora pelo setor jurídico para posteriormente ser enviado à Câmara para aprovação dos vereadores.

"Tem todo um processo legal que devemos seguir, mas não estamos negando o aumento para a categoria. O problema é que o processo burocrático é um pouco lento", avalia a secretária, que promete implementar o reajuste salarial até abril, com recebimento retroativo desde janeiro.

Entre os municípios do Grande ABC, somente Ribeirão Pires ainda não paga o piso estabelecido por lei federal para profissionais graduados no Ensino Superior por jornada de 40 horas semanais. Em Santo André, o piso é de R$ 2.600, enquanto em São Bernardo os profissionais recebem R$ 2.400. Já Diadema paga R$ 2.868 e, em São Caetano, os educadores recebem R$ 1.737,66 por 100 aulas por mês. Em Mauá, o professor recebe R$ 2.200 por jornada de 40 horas semanais. Na rede estadual de ensino, os educadores recebem R$ 1.894,12.

COMEMORAÇÃO - O desfile cívico foi acompanhado por um público de 2.500 pessoas, segundo a Polícia Militar. Participaram 3.000 crianças de 18 escolas municipais e uma unidade particular. O aniversário de Ribeirão Pires teve ainda missas na Igreja Matriz.

Áreas de risco precisam de R$ 6 mi

A aprovação de projeto para contenção de encostas no morro do Itacolomy, com orçamento de R$ 6 milhões, significará o fim das áreas de risco em Ribeirão Pires, segundo o prefeito Clóvis Volpi (PV). O documento foi enviado ao Ministério da Integração Nacional e deve ser aprovado em 2013.

"Já estamos realizando obras nos morros São José e Santo Antônio, na Vila Sueli e na Rua Anchieta, bairro Santo Bertoldo, onde morreram mãe e duas filhas há dois anos. Até o fim do ano entregaremos esses trabalhos, e a previsão é acabar com as áreas de risco assim que iniciarmos as obras no Itacolomy", afirma o prefeito.

Para Volpi, o desenvolvimento econômico da cidade foi "freado" devido aos problemas de infraestrutura, que estão sendo corrigidos com a finalização de obras de contenção, muros de arrimo, galerias de águas pluviais, a construção do hotel-escola e o complexo hospitalar, cuja entrega do pronto atendimento, prometida para este mês, ainda não saiu do papel. "Com certeza, até o fim do mandato terei entregue a primeira etapa da construção", promete Volpi.

O hospital terá oito consultórios, 123 leitos (dez de UTI). Até o momento, R$ 13 milhões foram investidos. O complexo fica na Estrada da Colônia, entre os bairros Santa Luzia e Santo Bertoldo.

 




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