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Máquina para cirurgia
de rim está avariada
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
08/04/2011 | 07:37
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Não bastasse a falta de remédios que atinge a Farmácia de Alto Custo no anexo do Hospital Mário Covas, em Santo André, ontem ressurgiu outro problema em relação ao serviço prestado pela unidade: a falta de uma máquina utilizada em cirurgias para retirada de pedra no rim. A paciente Ana Carla Quirino, 30 anos, teve sua cirurgia cancelada ontem, pela segunda vez, por conta de o aparelho estar em manutenção.

A saga de Ana, moradora do Jardim Alzira Franco, em Santo André, começou há mais de dois meses. Com uma pedra de dois centímetros no rim, a cirurgia para remoção foi adiada no fim de março por causa da falta da máquina, chamada litotripsia, conforme noticiado pelo Diário.

Sentindo fortes dores, a usuária relatou que ainda em março o médico pediu urgência para a realização da cirurgia. Desde fevereiro, Ana anda com um cateter que lhe causa dor e muito desconforto. "Urino sangue escuro, o cateter incomoda, minha barriga está inchada. Não durmo mais e continuo tomando calmantes e antidepressivos. É um absurdo o que estão fazendo. Já estou descontrolada", afirmou a paciente.

A indignação de Ana aumentou pelo fato de não ter sido avisada do cancelamento da cirurgia. Ela soube do adiamento ao ligar dias antes para ter informações sobre o andamento do processo. "Falaram que meu nome nem constava no sistema. Não tiveram nem o cuidado de me avisar. Soube por uma atendente, que disse que a máquina ainda estava quebrada." O aparelho é responsável por emitir raios que fragmentam a pedra, possibilitando a eliminação pelo canal da urina.

Em nota, o Estado, que havia assegurado a realização da cirurgia para ontem, esclareceu que o aparelho chegou quarta-feira do conserto, mas que antes de entrar em funcionamento há a necessidade de passar por testes de operação. Nesse mesmo período, a segunda máquina também foi enviada para a manutenção. A secretaria estadual afirmou que a cirurgia de Ana será realizada na semana que vem, sem dia estipulado.

MEDICAÇÕES
O problema de reabastecimento de remédios de alto custo no anexo do hospital tem prejudicado o tratamento de doenças graves. Atualmente, quatro medicações estão em falta. De acordo com o Estado, o Sifrol, para a doença de Parkinson, e o Zoladex, contra o câncer de próstata, devem ser entregues na semana que vem. Já no caso do Rocaltrol, para tratamento de doenças renais, o prazo é de 15 dias. O Androcur é o único remédio sem previsão de regularização na entrega.




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